Nos últimos meses várias notícias dão conta de incertezas e dúvidas sobre aspetos como a localização, a dimensão e o modelo de financiamento que merecem um cabal esclarecimento por parte do Governo, nomeadamente do Ministro do Ambiente.
Para o deputado Rui Cristina “a indefinição e falta de decisões por parte do Governo socialista relativamente à Central de Dessalinização do Algarve pode comprometer a execução de um projeto estruturante para a região, no âmbito do PRR”.
“O Algarve é uma região de seca endémica, agravada pelas alterações climáticas, não há planos de contingência para garantir o abastecimento humano, nem para as atividades cruciais da economia regional, as barragens continuam em carga mínima, apesar da chuva deste ano hidrológico e é preocupante a degradação do aquífero Querença Silves”, acrescenta o parlamentar.
Os deputados Luís Gomes, Rui Cristina e Ofélia Ramos endereçaram ao Ministro do Ambiente e da Ação Climática um conjunto de perguntas de modo a esclarecer todo o processo e pretendem saber qual o cronograma do procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental, bem como a entidade ou empresa foi contratada para a sua realização. No que toca à gestão da central, é urgente saber quem ficará responsável pela exploração, qual o custo previsto para a construção da central e qual o cofinanciamento concedido por via do PRR. Não menos importante, e para que este projeto, à semelhança de outros, não caia no esquecimento, torna-se importante que o Governo esclareça qual o prazo para que a Central de Dessalinização do Algarve esteja construída.