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«O aumento da diabetes tipo 2 na faixa etária até aos 20 anos tem vindo a ser preocupante», refere Carlos Godinho, responsável pela organização da 11.ª Reunião Nacional do Núcleo de estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. A diabetes no jovem é um dos temas que será abordado, pois o aumento dos casos tem sido preocupante. Este facto tem vindo a acontecer devido aos maus hábitos alimentares e ao aumento da vida sedentária que, consequentemente, se reflete em jovens mais obesos, o que pode conduzir, em última análise, a uma esperança média de vida mais reduzida.

A educação terapêutica é um outro tema desafiante para a classe médica, particularmente na camada mais jovem. Este conceito tem como objetivo no século XXI dar mais domínio à pessoa sobre a sua doença, ou seja, é preciso ter conhecimento da diabetes e da sua situação em particular, para que consiga obter um melhor controlo da própria doença e tratamento. Um outro tema que será abordado e é polémico entre a comunidade médica, tem a ver com a evolução e a adequação da atividade física no jovem diabético. O médico não tem conhecimentos suficientes sobre exercício físico de forma a orientar corretamente o doente. Impõe-se a questão: quem deve prescrever o exercício físico? Este deve ser adequado ao tipo de pessoa, à sua situação específica, às suas capacidades físicas e à sua patologia.

Um outro tema que será discutido e que é muito específico é a diabetes na gravidez, de que existem dois tipos: a grávida que já era diabética antes de engravidar e a mulher cuja diabetes lhe aparece quando fica grávida. A diabetes gestacional (que aparece durante a gravidez) manifesta-se habitualmente quando já existe uma tendência para a patologia, como antecedentes familiares e alguma obesidade. Estas grávidas com diabetes gestacional têm de ser vigiadas a longo prazo porque a diabetes que, teoricamente, desaparece após a gravidez, pode reaparecer mais tarde. No caso das mulheres que já são diabéticas previamente, é fundamental que a gravidez ocorra apenas quando a doença está estritamente controlada, controlo que se deve manter rigoroso durante todo o período da gravidez. As principais possíveis consequências, caso a diabetes não esteja controlada, são as malformações e até a morte fetal.

 

Por: GuessWhat