No seu discurso, durante a Gala dos «Globos de Ouro», o artista começou por referir: «estive recentemente na minha escola onde aprendi a cantar e a pintar e onde descobri que queria fazer das artes a minha vida. Também descobri, de forma muito triste, que a região do Algarve tem a maior taxa de insucesso e abandono escolar do país e que a Escola EB 2 3 de Quarteira é a segunda pior».
Dino d’ Santiago aproveitou o momento para falar do seu mais recente projeto. «Tenho um projeto até 2030 que se chama SIC – Sucesso, Inclusão e Cidadania, que pretende ter uma educação subjetiva. São 40 nacionalidades naquela escola e há muita dificuldade em perceber português. Quem gostar de música, engenharia ou outra área, terá possibilidade de ter uma aprendizagem vocacionada».
De referir ainda que o tema «Esquinas», de Dino d’ Santiago em conjunto com Slow J., estava nomeado para o Globo de Ouro de Melhor Música, mas o prémio acabou por ser vencido por Ana Moura, com a música «Andorinhas».
Com uma carreira de quase 20 anos, Dino d’ Santiago tem-se destacado na música. Lançou-se a solo em 2008 com «Eu e os Meus», ao qual se seguiu «Eva», no ano de 2013. É autor de trabalhos como «Mundu Nôbu», «Sotavento» e «Kriola».
Em 2021 fez uma participação no «Festival da Canção», onde interpretou “Os Putos”, em homenagem a Carlos do Carmo. Atualmente, Dino d’ Santiago integra o grupo de mentores do «The Voice Portugal», na RTP1», ao lado do também algarvio Diogo Piçarra e de Carolina Deslandes e Marisa Liz.
O cantor e compositor tem raízes cabo-verdianas. Os seus pais são originários da Ilha de Santiago, terra que homenageou com a escolha do nome artístico.
Por: Filipe Vilhena
