Doria é apelido (fig. Brasão) com origem em Génova. Arduino di Narbona, cavaleiro peregrino da 1ª Cruzada (1096-1099), ao adoecer na passagem por Génova foi tratado por uma jovem de nome Oria della Volta.
Os filhos de Arduino e de Oria - Martino d’Oria e Genuardo d'Oria, que viviam em Génova em 1110, adotaram o nome da mãe (matronímico) como apelido.
A família Doria tornou-se numa das 28 mais notáveis da República de Génova e por via do casal Bernabó Doria e Eliana Frechi, os Doria aparentam-se com o Papa Inocêncio IV (1243-1254), o da desastrosa 7ª Cruzada e que também promulgou a bula Ad Extipanda (que autoriza a tortura contra os hereges) e o Papa Adriano V (1276) que foi sucedido no mesmo ano por João XXI, médico, matemático e filósofo, batizado em Lisboa (1215) como Pedro Julião Rebolo, também conhecido como Pedro Espano e que foi Papa por 8 meses (1276-1277)…
O banqueiro Francesco Doria, que passou de Génova a Sevilha, financiou a expedição de Cristóvão Colombo em 1492. Casou com uma senhora cujo nome se perdeu de apelido Sousa.
Alerano Doria, filho dos anteriores, passou de Sevilha a Portugal e tornou-se no banqueiro do Rei de Portugal D. João II (1481-1495), desenvolvendo a sua atividade até 1556.
Estêvão Doria, outro filho de Francesco Doria, passou a Arzila (Marrocos) e casou com Leonor Vieira (filha de Martim Gonçalves do Carvalhal).
Ainda outro filho de Francesco Doria, Cristóvão Doria de Sousa, nascido em Faro, viveu em Arzila e foi casado com Constança de Menezes, filha de Telo de Menezes, Senhor de Oliveira do Bairro.
O comerciante genovês Ludisio Doria passou para a Ilha da Madeira (1480), onde se tornou proprietário de engenhos de açúcar e exportador desse produto para Itália…
Em Loulé encontrou-se, em 1493, Beltessar Doria nas “Actas de Vereação”, eleito para vereador Municipal juntamente com Diogo Alvarez Mazcoro e Rui Peleja. Na mesma altura, foram também eleitos Álvaro do Adro para procurador, assim como o cavaleiro Rui Lourenço e o escudeiro Joham Privado como juízes.
