“A Federação do PS não pode deixar de sinalizar que o resultado eleitoral não corresponde às suas expectativas, apesar da vitória verificada na maioria dos concelhos do Algarve e de ter ficado à frente da Aliança Democrática em 14 dos 16 municípios”, lê-se numa nota enviada por Luís Graça à agência Lusa.
O Chega foi o partido mais votado no círculo eleitoral de Faro, passando da terceira força política, com 23.988 votos em 2022, para 64.228 (27,19%) nas eleições de domingo, aumentando de um para três os mandatos parlamentares, atribuídos a Pedro Pinto, João Graça e Sandra Ribeiro.
O PS perdeu o estatuto de partido mais votado no distrito, com 25,46% (60.123 votos), menos cerca de 17.000 votos em relação a 2022 (77.740), perdendo dois dos cinco deputados eleitos há dois anos. O PS elegeu Jamila Madeira, Jorge Botelho e Luís Graça.
A Aliança Democrática foi a terceira força política mais votada, com 22,39% (52.885) e assegurou três mandatos: Miguel Pinto Luz, Cristóvão Norte e Ofélia Ramos.
Luís Graça realça que o PS “regista, com humildade democrática, o aumento dos sinais de insatisfação e de protesto que impõem a todos os democratas e, em particular, aos socialistas, reflexão e redobrada determinação” em vários setores da sociedade.
Entre eles, adianta, está o combate às desigualdades sociais, promoção das qualificações dos jovens e de emprego de qualidade e a devida inserção social dos mais frágeis e desprotegidos, realça.
O dirigente regional assegura que os eleitos socialistas vão trabalhar no parlamento “de forma a honrar a confiança” que os algarvios depositaram, prometendo “forte vigilância na execução dos projetos e investimentos para a região”, nas áreas da saúde, eficiência hídrica, transportes, habitação, bem como do fim das portagens na Via do Infante.
Lusa