Na origem da questão, a multiplicidade de prazeres, necessidades e modas culturais que impelem o homem a sonhar com a felicidade. Ela acena para nós em cada esquina do nosso dia a dia, levando-nos a correr atrás dela, tal como o coelho branco o faz com a Alice no Pais das Maravilhas! Ela chama por nós nos anúncios televisivos, nos livros de autoajuda, nas igrejas, nas revistas cor- de -rosa, nas telenovelas, nos jogos de sorte, no cinema, nas agências de viagens, nos hipermercados, Centos Comerciais, nos anúncios das imobiliárias e dos créditos bancários. Mil promessas de felicidade nos cercam, sem que saibamos qual o caminho a seguir.
Capaz de se metamorfosear em diferentes tipos de desejos, a Deusa Felicidade faz com que os homens adorem todas as suas diferentes vestimentas seja o dinheiro, a luxuria, o amor, a sorte, a paz e outras mais formas de conseguir alcança-la. Ela dança ao sabor do vento e na sua barca segue o trajeto do desejo humano. Tudo nela é perene, tudo é caminho e constante mudança. Ela faz-nos sonhar e comanda o destino dos homens que a seguem nos seus diferentes disfarces.
Deusa adorada nos quatro cantos do mundo, a Felicidade ao longo da história da humanidade, sempre se revestiu de grandes diferenças entre o Oriente e o Ocidente. Ela foi sempre alvo de diferentes abordagens tendo em linha de conta a tradição cultural e as crenças dos diferentes povos. Não obstante, mais recentemente, a crise resultante da moderna sociedade de consumo Ocidental fez com que o homem moderno buscasse uma felicidade bem diferente, mais próxima do exemplo Oriental e a cultura New Age despertou, no Ocidente, como forma de resposta a este desafio. A moda holística entrou, deste modo, em grande força e o homem ocidental passou a buscar uma felicidade mais espiritual e menos material.
Contudo, apesar de todas estas mudanças, existirá de facto, algum lugar onde possamos encontrar a verdadeira felicidade?
A resposta parece ser individual. Cada um terá que descobrir o seu próprio caminho para a achar. Citando Antoine de Saint Exupéry na obra o Principezinho “O essencial é invisível aos olhos» pelo que caberá a cada um de nós fazer a sua viagem interior.