No final de maio, o montante total de empréstimos à habitação subiu 4,8% face ao período homólogo para 98 741,2 milhões de euros.

O mercado residencial português está dinâmico e a dar sinais de resiliência. Foi assim durante a pandemia da Covid-19 e parece estar a ser assim em tempos de guerra. A inflação está a aumentar e o poder de compra a diminuir, com as taxas de juro a acompanharem esta tendência de crescimento. Perante todo este cenário, o preço das casas continua a subir em flecha. Os bancos, por seu turno, mantêm a torneira do

crédito habitação (bem) aberta. Isso mesmo mostram os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP): no final de maio, o montante total de empréstimos à habitação subiu 4,8% face ao período homólogo para 98 741,2 milhões de euros, à semelhança do que já tinha acontecido em abril em março. É o valor mais elevado desde novembro de 2015.

“No final de maio de 2022, o montante de empréstimos concedidos para habitação

totalizou 98,7 mil milhões de euros, mantendo um crescimento de 4,8% por comparação com o mês homólogo. O montante total dos empréstimos ao consumo foi de 20,1 mil milhões de euros, o que representa uma subida de 4,9% relativamente a maio de 2021”, lê-se no boletim divulgado esta quarta-feira (29 de junho de 2022) pelo regulador português, liderado por Mário Centeno. 

Montante total de empréstimos concedidos para habitação

 

Como é possível constatar na imagem, desde julho de 2021 que o stock total de crédito habitação concedido pelos bancos está a subir, tendo atingido a marca de 98 741,2 milhões de euros em maio, mais que em abril (98 308,6 milhões de euros) e no período homólogo (96 713,5 milhões de euros). 

Trata-se, de resto, do valor mais elevado desde novembro de 2015: nessa altura, o montante total de crédito habitação concedido foi de 99 103,5 milhões de euros.