Em comunicado, a direção regional de Faro do SEP refere que a decisão foi unilateral e lembra que a lei prevê que a instituição pague aos profissionais que estão de prevenção metade do valor que ganham por hora, mas sublinha que quando são chamados para efetuar o transporte devem ser pagos por trabalho extraordinário, já que é fora do seu horário normal de trabalho.
Questionada pela Lusa, a administração do CHA assegura que "paga o regime de trabalho de prevenção nos termos da lei", frisando que as "alterações recentemente processadas a este nível corresponderam à necessidade de se repor a lei para determinadas situações em que a mesma não estava a ser cumprida".
Segundo os enfermeiros, o CHA decidiu "pagar sempre" metade do valor habitualmente pago por hora, ou seja, 3,5 euros, ainda que os profissionais realizem o transporte, uma situação que afirmam configurar um "total desrespeito" pelo trabalho dos profissionais.
O CHA assegura, por seu turno, que "não estão nem estarão em causa as evacuações de urgência", e que será sempre possível garantir a presença destes profissionais ao abrigo deste ou de outro regime de contratação, pelo que "não são compreensíveis as alegações alarmistas e infundadas" do sindicato.
De acordo com o SEP, a situação já levou a que vários enfermeiros tenham comunicado que não vão continuar a colaborar na escala de serviço para o transporte de doentes urgentes.
O sindicato acrescenta ainda que os profissionais só foram convocados para uma reunião com a administração quando questionaram a alteração do valor verificada no seu talão de vencimento.
O SEP diz ainda que vai agora apoiar dos enfermeiros a requererem as horas em dívida e a reposição da legalidade.
Por: Lusa