Enfermeiros questionam Ministro da Saúde: A estratégia para atingir o equilíbrio orçamental é retirar aos enfermeiros para custear Misericórdias, PPP’s e outros grupos profissionais?

«Explique, Sr. Ministro da Saúde a lógica do equilíbrio orçamental? - O Ministro da Saúde afirma de forma sistemática que é preciso manter o equilíbrio orçamental do Ministério da Saúde e essa é a justificação para protelar a revisão salarial dos enfermeiros.

Contudo, vejamos:

- Recentemente Ministério anunciou mais 125 milhões para, apenas, 8 Misericórdias da região Norte;

- Funcionamento da PPP de Loures, de acordo com o relatório do Tribunal de Contas, acarreta mais custos comparativamente a hospitais públicos idênticos;

- Incentivos para fixação de médicos na “periferia”;

- Em curso, de forma clandestina, negociação para atribuir incentivos aos médicos nas USF modelo A e - Unidades de Cuidados na Comunidade;

- Concursos de promoção na carreira médica

Em contraponto e para os enfermeiros, apesar de publicamente, o SR Ministro reconhecer a sua importância, a verdade é que:

- Milhares de enfermeiros continuam a ter um salário abaixo do valor de referência;

- Cerca de 12.000 enfermeiros especialistas não têm qualquer valor salarial que compense as qualificações acrescidas e a competência diferenciada;

- Continuam em divida milhares de horas efectuadas para além do horário de trabalho, incentivos aos enfermeiros que exercem funções nas USF modelo B;

- Cerca de 250 milhões de euros por congelamento das progressões;

- Cerca de 120 milhões de euros em resultado do corte em 50% das horas penosas.

Neste contexto, os enfermeiros questionam o Ministro da Saúde se a estratégia para atingir o equilíbrio orçamental o Sr. Ministro retira aos enfermeiros para custear Misericórdias, PPP’s e outros grupos profissionais?

Contra esta lógica, greve na ARS de Lisboa e Vale do Tejo a 11, na região do Alentejo a 12 e no Algarve a 13.»

 

Por SEP