Conceituado Médico e atual Presidente da Câmara Municipal de Castro Marim

Esteve cinco mandatos na liderança do Concelho de Alcoutim. Quando chegou, como encontrou o Concelho a nível social, urbanístico e de acessibilidade em 1994?

Francisco Amaral – Eu estive 20 anos à frente da Câmara de Alcoutim. Quando lá cheguei havia apenas “metade de uma engenheira”, isto porque havia uma senhora que trabalhava metade da semana em Tavira e a outra metade em Alcoutim. Hoje em dia temos um quadro técnico com vários engenheiros e arquitetos que, de algum modo, conseguem dar resposta a todas as solicitações. Antes de chegar a Alcoutim, nunca tinha sido possível tornar visitável uma escavação arqueológica e o castelo era um “curral de ovelhas”, mas hoje é uma coisa linda, com um museu de arqueologia, um anfiteatro e um auditório, que são espaços interessantíssimos. Quando cheguei, havia apenas um museu. Hoje em dia há uma panóplia deles, como é o caso do museu do rio, onde as pessoas da terra se reveem. Nunca tinha sido realizada uma exposição de pintura, escultura, fotografia; hoje em dia temos uma casa em Alcoutim virada para a cultura, onde se realizam várias exposições. Não havia um restaurante, onde se pudesse jantar ao fim-de-semana à noite. Era um ciclo vicioso, na altura ninguém investia e ninguém o fazia, porque não valia a pena. De facto, a Câmara de Alcoutim na altura quebrou esse ciclo viciosos, criando um restaurante que concessionou com a obrigatoriedade de servir comida típica, estar aberto aos jantares e aos fins-de-semana; fez também um quiosque para se vender jornais; como não havia cama para se dormir à noite, a Câmara de Alcoutim reativou uma estalagem que estava fechada e a partir daí surgiram hotéis e pensões. Na altura foi o Fernando Barata que me fez o favor de pegar naquilo e lembro-me que o Dr.º Mendes Bota, na altura deputado, teve influência na abertura daquela estalagem. Portanto, Alcoutim era na altura uma terra desconhecida e nós conseguimos dinamizá-la. Fiz a praia fluvial de Alcoutim e na altura toda a gente me chamava à atenção por estar a fazê-lo, e a verdade é que hoje é a principal atração turística de Alcoutim e vêm muitos espanhóis visitar todos os dias no verão aquela praia. Houve uma série de infraestruturas de peso que se fizeram: umas ligadas à educação, outras ao desporto, que despoletaram o Concelho para o seu desenvolvimento. Mas a verdade é que continua a perder população, como acontece com toda a serra algarvia e o interior de todo o país desde os anos 60. A desertificação, o despovoamento e o envelhecimento é um monstro que uma Câmara por si dificilmente consegue vencer. Todos os partidos falam muito no combate à desertificação, mas a verdade é que quando chegam ao poder esquecem-se por completo. Eu costumo dizer que todos nós – poder central e regional – devíamos andar ao colo com as poucas pessoas que querem investir na serra, mas a verdade é que acabamos por hostilizar e mandar embora. Há pouca sensibilidade dos poderes para combater este flagelo.

 

Com todas as dificuldades e carências que se viviam na altura no Concelho, como é que a população de Alcoutim viu a implementação de museus e outras coisas ligadas à cultura?

F.A. – Na altura, desenvolvi muitas áreas simultâneas que nunca tinham sido mexidas naquele município e a cultura foi uma delas. Mas também desenvolvi bem a área de ação social e da saúde. Aliás, eu recordo-me que na altura qualquer médico na serra era frustrado, impotente para ajudar as pessoas, isto porque pedia um exame a um doente e ele não tinha onde ir fazê-lo; ou recomendava um medicamento e ele não tinha onde o ir comprar. Questiono-me quantos doentes meus terão morrido à espera de aviar um medicamento. Havia muitos que iam a pé ou de burro a uma consulta e eu passava uma receita e eles regressavam à sua aldeia e só quando alguém fosse à vila é que iam à farmácia aviar a receita. Há vantagens em ter sido médico e depois autarca, isto porque quando me tornei autarca resolvi esses problemas todos. Arranjei carrinhas e autocarros para levar os doentes à farmácia, a Faro para fazer exames auxiliares de diagnóstico, criei a primeira unidade móvel de saúde do país em 1995, ano em que fiz também as primeiras campanhas de vacinação contra a gripe. Portanto, fiz uma panóplia de ações, algumas delas pioneiras no País e mais tarde copiadas por outros Concelhos. Mas isso não aconteceu apenas na saúde. Na cultura, por exemplo, criei um cinema móvel em que peguei num autocarro antigo e lá dentro fiz um anfiteatro e, ainda hoje, esse autocarro percorre os montes do Concelho a passar filmes de António Silva e Vasco Santana, filmes que os idosos gostam. Também foi sempre minha preocupação encontrar sítios de interesse turístico ligados à arqueologia, à história e fiz, por exemplo, umas estátuas lindas ligadas ao pescador, ao guarda-fiscal e ao contrabandista, o que na altura era uma profissão séria. Eu sempre admirei as estátuas que se encontram na retunda perto do Aeroporto de Faro e fiz questão de saber quem era a autora e levei essa senhora a Alcoutim para criar aquelas estátuas livres.

 

Mas nunca teve vozes discordantes, que o criticaram por aplicar toda essa energia e dinheiros públicos na arte e na cultura?

F.A. – Ainda bem que há oposição e que há pessoas que discordam, porque nos estimula e muitas vezes chamam a atenção. Recordo-me de me terem chamado tudo por ter criado a praia fluvial em Alcoutim e por estar a gastar muito dinheiro na saúde. Todos sabemos que os idosos na serra algarvia tem vários problemas nos dentes e a verdade é que também há muita dificuldade em deslocarem-se para ir ao dentista. O que eu fiz foi contratar uma médica dentista que, dois dias por semana, vai a Alcoutim. Ou seja, resolvi a questão. A diferença entre um autarca e um deputado é que o autarca lida com os problema diários das pessoas, e tem que arranjar soluções e não perde tempo no paleio e na conversa fiada. Deve sempre haver cinco minutos para ouvir as pessoas e saber quais são os seus problemas. Só assim se consegue ter uma ideia real do que se passa. Se o Presidente da Câmara estiver de porta fechada, não consegue saber o que se passa.

 

É, portanto, uma presidência aberta todos os dias?

F.A. – Exatamente. Todos os que querem falar com o Presidente da Câmara de Castro Marim falam, mesmo que não tenham reunião marcada. Eu tenho sempre cinco minutos para ouvir e ajudar as pessoas. Claro que há situações em que consigo ajudar e outras em que não, mas é assim mesmo.

 

E não há quem se desloque ao seu gabinete a pedir uma consulta?

F.A. – Há sim. E nunca cobrei nada por isso, claro. Aliás, eu abri um consultório em Alcoutim há muitos anos e passados dois meses tive que encerrar porque não fui capaz de pedir dinheiro às pessoas. Não consegui pedir a uma pessoa que não tinha dinheiro para comprar os medicamentos que me pagasse uma consulta.

 

Foi também deputado da Assembleia da República. Como foi essa experiência e que balaço faz?

F.A. – Foi uma experiência frustrante. Fui eleito na lista do PSD Algarve e aguentei-me lá cerca de dois meses. Nunca ganhei tanto dinheiro na minha vida! Depositavam-me na conta bancária dinheiro que eu não sabia de onde vinha. Na altura apresentei vários requerimentos, mas não me passavam cartão nenhum. Sentia-me um parasita, mas com dinheiro. Por isso, passados dois meses, fui embora e voltei para Alcoutim.

 

Durante esse pouco tempo, deu para aclamar por justiça no que ao Algarve diz respeito?

F.A. – Os deputados, quando são eleitos, pensam que vão fazer muita coisa, mas neste país ninguém passa cartão a deputados. Aliás, que democracia é esta em que os deputados são escolhidos pelos líderes dos partidos? As pessoas não votam para escolher deputados, votam em líderes de partidos que depois vão escolher os deputados. Isto é mais uma partidocracia do que propriamente uma democracia, porque os partidos é que mandam nisto e nós estamos todos contentes porque vamos lá meter o voto.

 

O associativismo também o tem atraído ao longo da sua vida. É por obrigação, gosto ou paixão?

F.A. – Revejo-me mais em certos dirigentes associativos do que em alguns políticos, porque são pessoas que dão o cabedal pela sua gente ou pelo seu desporto e que não ganham um tostão. Temos pessoas de muito valor na sociedade civil organizada que dão o que têm e o que não têm e que tiram tempo da família para dar às suas coletividades.

 

Deixou Alcoutim sem ter concluído o projeto da ponte sobre o Guadiana, entre Alcoutim e Sanlucar del Guadiana. O que falhou?

F.A. – Isto é uma obra intergovernamental e a verdade é que o poder central não respeita o poder local e os algarvios. Eu costumo dizer que era bom que tivesse existido um Alberto João Jardim aqui no Algarve porque, apesar de todos os seus defeitos e qualidades, ele conseguiu puxar para a Madeira milhões de investimentos e hoje a Madeira não tem nada a ver com o que era há 20 ou 30 anos. No Algarve fazia falta isso. Eu quis uma ponte para nos juntar a Sanlucar e fui enganado por sucessivos governos portugueses e espanhóis. O Alberto João Jardim fez inúmeros túneis, pontes e ampliou o aeroporto em milhões e a verdade é que a ilha da Madeira é do tamanho do Concelho de Alcoutim. Admito que ele muitas vezes tenha feito chantagem, mas conseguiu. Aprecio muito o Mendes Bota e o Macário Correia, que foram na minha opinião os melhores dirigentes algarvios, mas fazia falta um Alberto João Jardim.

 

Continua a dar consultas no Hospital Distrital de Faro em regime de voluntariado todas as quintas-feiras. Qual é a razão que o leva a fazê-lo?

F.A. – Eu tenho dois bichinhos: um deles é o do serviço público, que dou azo através do exercício do poder local, e o outro é a medicina. Eu não quero deixar de ser médico. Às quintas-feiras, quando vou ao hospital, é muitas vezes para respirar aquele ar, que me faz bem. Mas nos últimos tempos não tenho ido dar consultas, mas sim falar com os colegas e doentes de Alcoutim e Castro Marim, fazendo muitas vezes a ponte entre os médicos e as famílias. Vou lá para dar uma palavrinha a essas pessoas, principalmente aquelas que estão mais sozinhas, algumas que foram até abandonadas pelas famílias. Muitas vezes, nós estamos perante pessoas que estão em fase terminal, que sabemos que vão morrer, mas uma palavra amiga, dizer “vamos conseguir”, anima e dá uma grande força espiritual.

 

Então temos a garantia de que se algum dia deixar de ser autarca entregar-se-á a 100% à medicina?

F.A. – Lógico. Aliás, eu costumo dizer que o sonho da minha vida é reformar-me de vez da vida política, que acarreta muito stress, e dedicar-me dois ou três dias por semana à medicina e o resto do tempo aos meus hobbies, a pesca e a minha horta.

 

Qual o significado da comenda de mérito civil recebida por si da parte do Presidente da República?

F.A. - É engraçado porque na altura eu nem sabia o peso e significado que uma comenda teria. Fui contactado pelo chefe de gabinete do Presidente a dizer que precisavam que eu fosse ter com eles no dia 10 julho. Mas esse era o dia da Feira de Artesanato em Alcoutim e eu disse que não podia ir e até disse para me mandarem a “encomenda” pelo correio. Mas eles insistiram. Essa comenda estava ligada a todos os aspetos da minha vida, desde o serviço prestado como autarca até ao voluntariado médico.

 

Sabemos que a sua modéstia não o leva a colocar-se em bicos de pés. Atrevo-me a perguntar: o que sentiu quando o primeiro magistrado da nação o condecorou?

F.A. – Todos gostamos de ser reconhecidos, embora eu nunca pense nesse reconhecimento. Eu fiz o meu estágio no Hospital de Faro numa altura quente e em que o hospital estava na berlinda devido à morte de um jovem por alegado deslize médico e o nome do hospital estava em todos os jornais. E por isso, nessa altura, toda a gente ofendia os médicos e os enfermeiros. Depois, fui para Alcoutim, onde fui médico por 15 anos, e aí nunca ninguém me ofendeu. Assim se nota a diferença entre o algarvio do litoral e o algarvio da serra, que é mais educado e civilizado que o algarvio do litoral.

 

Como foi gerir um Concelho com uma alta faixa etária, com uma economia rural e sem médias e grandes empresas?

F.A. – Eu “andava ao colo” com aqueles poucos que queriam investir no Concelho. Mas há um fundamentalismo ambiental que não permite muitas vezes seguir em frente. Eu iniciei um processo de renovação da reserva ecológica, mas essa reserva inviabilizou muito o investimento. Nós temos o rio ali ao lado e ele tem um enorme potencial, que eu costumo identificar como uma marina natural. Mas a verdade é que não gera um tostão de riqueza desde Vila Real de Santo António até Mértola, isto porque não se pode tocar naquelas margens. É uma irracionalidade e eu lamento que os organismos do Estado não consigam ver isto e dar a volta. Este país está como está porque manda fora muito investimento e, no caso específico deste rio, é possível compatibilizar a preservação dos valores ambientais com o desenvolvimento económico, mas com este fundamentalismo ecológico não é possível.

 

Terminado o limite de mandatos em Alcoutim, candidatou-se em 2013 para Castro Marim e acabou por ganhar. Durante estes últimos dois anos, parece que os ventos, segunda consta, andam turbulentos devido a alguns “laranjinhas” ...

F.A. – Eu gostaria de lembrar que o meu objetivo não era ser Presidente da Câmara de Castro Marim. Só depois de muita pressão, nomeadamente de órgãos locais do PSD, é que eu resolvi ceder. E a campanha eleitoral não foi fácil, porque eu não conhecia as pessoas daquele Concelho, embora todas elas me conhecessem. O meu adversário político na altura tinha iniciado a campanha há dois anos, com muitos outdoors, reuniões e festas. No meu caso, iniciei a campanha a poucos dias das eleições porque não sabia se podia concorrer e foi uma campanha desfalcada de meios e condições. E não foi nada fácil, aliás todas as Câmaras associadas ao PSD sofreram muito com a governação do poder central e, no caso particular do Algarve, o PSD perdeu cinco Câmaras. Mas ganhei, e, por estar num Concelho novo, abri as portas para conhecer as dificuldades das pessoas. Percebi que há um desemprego avassalador e que abala muitas famílias. Em termos sociais estamos mal, há 57 povoações que ainda são abastecidas de água com baldes. Há muito trabalho a fazer neste Concelho, já para não falar dos processos que estão agora em tribunal e que não está a ser nada fácil. Aliás, tive um ataque cardíaco passados dois meses de estar na Câmara e estou convencido que foi devido ao stress acumulado.

 

Ainda não descobriu petróleo em Castro Marim?

F.A. –  Eu gostaria, mas esse petróleo existe porque nós temos umas praias lindas e selvagens. Faz-me confusão como as pessoas podem ir passar férias ao Brasil, Cuba e México quando temos praias naturais aqui, sem a miséria e a insegurança que existe nesses países. Já recuperámos a bandeira azul e temos várias nuances que valorizam a nossa praia, como sanitários, música na praia, desfibrilhadores cardíacos e uma gastronomia riquíssima, algo que temos que promover ainda mais.

 

Qual o orçamento disponível para este ano?

F.A. – Estamos em tempo de vacas magras no País e nas Câmaras, que viram os seus orçamentos reduzidos a metade. Mas ainda assim, temos que fazer alguma coisa. Os políticos perdem muito tempo na intriga e na maledicência e nós temos que nos preocupar mais com as opções políticas. As minhas opções estão definidas: há que dar água às pessoas, arranjar estradas, há que fazer um lar na Altura, um lar de alzheimer em Castro Marim e ligar as terras todas com ciclovias. Tenho um orçamento de 13 milhões de euros, e que já foi de 20 milhões noutros anos, mas temos que trabalhar com isso e ajudar as famílias afetadas pelo desemprego.

 

Têm surgido investidores com a intenção de investir no Concelho?

F.A. – Sim. Há uns investidores que querem apostar num hotel flutuante, na Barragem de Odeleite. Mas as dificuldades ambientais são muitas. Porém, temos outros investidores interessados.

 

Quais as oportunidades de emprego para os jovens no Concelho?

F.A. – A hotelaria e o turismo são uma importante saída, embora tenhamos consciência que é sazonal. A agricultura, hoje em dia, já vai tendo saída também. Mas é importante criar empresas para criar emprego, e nós estamos a trabalhar para isso.

 

Como explica o seu interesse na praia fluvial em Odeleite?

F.A. – É necessário criar pontos de interesse no interior para atrair as pessoas e estou convencido que a praia fluvial vai contribuir para isso e que irá ter o mesmo sucesso que a praia fluvial de Alcoutim. É ouro sobre azul no combate à desertificação naquela freguesia.

 

Castro Marim foi distinguida no ano passado como a autarquia mais familiarmente responsável. A que se deve esta distinção?

F.A. – Tenho desenvolvido iniciativas na área do apoio às famílias. Temos duas centenas de desempregados que estão empregados à conta de parcerias que nós fizemos com associações sociais e a Santa Casa da Misericórdia para dar uma forma de rendimento a essas famílias.

 

Fala-se muito em programas transfronteiriços entre municípios e as vantagens que daí advém. Têm sido celebrados alguns programas desse tipo com municípios espanhóis?

F.A. – Sim. Neste momento está celebrada uma eurocidade entre Castro Marim, Vila Real e Ayamonte e que está agora a dar os primeiros passos. Sou eu que estou à frente deste projeto e estamos a tentar capitalizar alguns investimentos que possam existir e queremos vender turisticamente aquele bolo, aqueles três Concelhos. Queremos dinamizar os municípios e promove-los no todo.

 

Castro Marim é palco de várias festas, sendo as mais badaladas as feiras medievais. Quantos visitantes acolhe e quantos figurantes participam?

F.A. – Tenho organizado amplos debates sobre diversos temas numa perspetiva de ouvir as pessoas. Há autarcas e políticos que julgam que sabem tudo e não perguntam nada a ninguém. No meu caso, eu parto do princípio que não sei nada e quero ouvir as pessoas. Organizei, por exemplo, um debate sobre os dias medievais em Castro Marim. Daí surgiram ideias muito interessantes, que já apliquei na feira do ano passado e que resultaram, e conseguimos aumentar a receita. Estamos a falar de quase 90 mil pessoas a visitar Castro Marim durante esses dias. Temos também outros eventos, como o Carnaval da Altura, que é genuíno, sem as “brasileirices” de outros e este ano o tema é a Disney.

 

Arrancou com uma campanha para “tirar o cigarro da boca” dos castro-marinenses. Por que motivo avançou com esta ideia?

F.A. – Ao contrário do que muitos pensam, o tabaco não é um vício social inofensivo, é uma toxicodependência, tal como a cocaína e a heroína. Por isso, as pessoas precisam de ser ajudadas.  


 

 Esta entrevista foi realizada por Nathalie Dias e Vítor Gonçalves no Programa “Olha que Dois”, uma parceria da “Total FM” com “A Voz de Loulé” emitido no dia 20 de janeiro.

Oiça aqui esta entrevista na integra.

Outras entrevista em direto, às quartas-feiras, pelas 10h da manhã, no programa “Olha que Dois”, nos 103.1 da Total FM.