Miguel Encarnação, 25 anos, é natural de Quarteira e Licenciado em Ortoprotesia pela UAlg, encontrando-se a frequentar atualmente o Mestrado em Gestão de Unidades de Saúde. Enquanto jovem ativo, foi membro da Associação de Estudantes da Escola Secundária Laura Ayres; um dos fundadores da Xávega – Associação Cultural de Quarteira e integrou a JSD aos 16 anos. Em 2008, com um pequeno grupo de jovens, fez parte da Comissão instaladora na reativação do Núcleo da JSD Quarteira e esteve, desde então, sempre presente no núcleo, que considera “uma grande escola política”, onde assumiu funções de presidente durante dois mandatos, entre 2012 e 2014. Ainda antes de assumir funções na JSD/Loulé, de que é atualmente presidente, foi eleito Vice-presidente da JSD/Algarve.
A Voz do Algarve – Quais as razões que o levaram a candidatar-se a Presidente da JSD/Loulé?
Miguel Encarnação – A minha candidatura à JSD/Loulé foi algo muito bem pensado e ponderado, não queria tomar opções precipitadas perante uma estrutura tão prestigiada e que representa tantos jovens como a JSD/Loulé. Penso que fiz um bom trabalho na JSD/Quarteira e senti que estava no pleno das minhas capacidades para assumir algo com maior dimensão. Vim liderar a JSD/Loulé com objetivos muito bem definidos. Começar por fazer com que a JSD/Loulé volte a ser ativa, dinâmica e interventiva, não só na cidade de Loulé, mas por todo o concelho. A JSD/Loulé tem que ser a voz dos jovens e temos que estar perto deles e é isso que já começámos e implementar. Assumi a presidência da JSD/Loulé com o grande objetivo principal de representar e defender os jovens do Concelho e todos os seus interesses, perante as várias entidades concelhias e regionais. Outra grande razão para estar aqui, foi a grande equipa que tenho comigo, pessoas de grande capacidade, vindas de várias freguesias e que são especialistas em várias áreas, e, acima de tudo, pessoas que têm o mesmo objetivo que eu: fazer mais e melhor pelos jovens e pelo Concelho, sem qualquer interesse, apenas porque Loulé merece.
V.A. – Que projetos pensa desenvolver com os jovens do Concelho?
M.E. – Temos várias ideias para implementar. Vou começar pelo que já fizemos desde a nossa tomada de posse: criámos dois gabinetes de apoio ao setor primário, um de Apoio à Economia do Mar e outro de Apoio à Agricultura de Interioridade, duas áreas que, no nosso entender, são de extrema importância para a economia da Região e do País, e que podem ser uma grande saída profissional para muitos jovens. Esses gabinetes são coordenados por dois companheiros nossos, um pescador profissional e um agricultor profissional. Já estão a funcionar em pleno, com algum trabalho apresentado e, atrevo-me a dizer, são já a voz dessas áreas na JSD, no Algarve e em alguns campos no País. Temos também uma Coordenadora para a Formação Cívica, que irá produzir várias formações para fazermos com os jovens do nosso Concelho e que irá aparecer por Loulé muito em breve… mas sobre isso ainda não posso revelar mais. Temos também, em fase de criação, projetos para uma melhoria da rede de transportes para os nossos jovens estudantes e iremos ter iniciativas de cariz social e de promoção para a saúde e estilos de vida saudáveis. Por último, o nosso projeto fundamental será andar junto dos jovens, estar onde eles estão, andar pela rua e dialogar, visitar as várias associações e coletividades, ouvir as suas preocupações e fazer tudo o que tiver ao nosso alcance para os representar e ajudar.
V.A. – Como avalia a gestão autárquica Concelhia e em especial a dirigida aos jovens?
M.E. – Não vou ser hipócrita e dizer que tudo o que a Câmara Municipal de Loulé faz é mal feito, porque não o é. Destaco pela positiva a implementação do Orçamento Participativo e alguma fomentação cultural e desportiva, mas que é muito pouco para uma Câmara com a dimensão da Câmara Municipal de Loulé. Ainda não dou saldo positivo a este executivo, pois a maior parte das iniciativas e obras são oriundas do executivo liderado por Seruca Emídio e o trabalho real e palpável, vindo do atual executivo, é muito pouco e com pouca expressão. Na minha opinião, falta a ambição e grandeza do passado, e falta perceber que os louletanos merecem o melhor. Especificamente para os jovens, existe um facto bastante curioso e penso que é algo que define bem as políticas para os jovens por parte deste executivo, esse facto é a não existência de um pelouro dedicado à juventude. E não afirmem que a juventude é algo transversal a todas as áreas, porque isso não é uma verdadeira justificação. Os jovens louletanos merecem ter alguém na Câmara que saiba o que eles querem e que lute pelos seus interesses, e enquanto não se perceber isso, os jovens irão sempre ficar esquecidos, atrás de temas que possam trazer mais votos. Ainda não vejo muito do que se apregoou em campanha em relação aos jovens, mas a JSD/Loulé cá estará para ver o que acontece e fiscalizar. Gostaria de terminar afirmando a minha disponibilidade, e a da JSD/Loulé, para qualquer jovem do Concelho que precise de nós. Eu sou um de vós que apenas quer fazer algo pela nossa terra. Sejam ativos na nossa sociedade e colaborem de alguma forma, seja com as juventudes partidárias, ou numa associação, mas colaborem, pois se todos fizermos um pouco, o resultado final será enormemente positivo.
Por ND