Ricardo Proença Gonçalves, 25 anos, é natural de Cascais, mas toda a sua vida foi em Quarteira, levando a descrever-se como Quarteirense. Licenciado em Radiologia pela UAlg, encontra-se atualmente a frequentar um Mestrado. Na política tem já um leque de experiências no associativismo estudantil, tendo sido membro da Associação de Estudantes da Escola Secundária Dra. Laura Ayres; Vice-Presidente da Associação Académica da Universidade do Algarve (AAUAlg); Coordenador do Núcleo Pedagógico da Escola Superior de Saúde da UAlg; representante dos Alunos de Radiologia da Escola Superior de Saúde da Universidade do Algarve, na European Federantion of Radiographer Societies (HENRE Annual Meeting during ECR 2012 at FH Campus Wien, AT) - Congresso Europeu de Radiologia em Viena, Áustria; representante da Associação Académica da Universidade do Algarve; Embaixador da UAlg (2012/2013); membro-fundador da Xávega – Associação para o Desenvolvimento Cultural de Quarteira, e membro da Comissão Organizadora da Semana Académica do Algarve (C.O.S.A). Atualmente é presidente da JSD/Quarteira, onde um dos seus principais objetivos passa por cativar os jovens para a política.
A Voz Do Algarve – Quais as razões que o levaram a candidatar-se a Presidente da JSD/Quarteira?
Ricardo Gonçalves – Candidatei-me à presidência da JSD Quarteira porque, numa altura em que existe tanta falta de esperança, e que todos nós passamos por momentos difíceis, quero fazer parte de uma geração que acreditou que havia «uma luz ao fundo do túnel» e que não baixou os braços. Quero fazer parte de uma geração de jovens que mudou o paradigma da política em Portugal. E porque Quarteira é a terra que me viu crescer e lhe devo muito, pretendo dar o meu melhor contributo à cidade e aos jovens Quarteirenses. Porém, houve uma outra razão que me levou a assumir este compromisso, o facto de os jovens estarem cada vez mais afastados da política e dos seus centros de decisão, e temos que ser nós, os jovens ativos, que temos de mostrar à restante juventude a enorme importância que é, por exemplo, um jovem ir votar ou, simplesmente, saber que o seu voto é uma forma de dar a sua opinião e contributo.
V.A. – Que projetos pensa desenvolver com os jovens da Freguesia de Quarteira?
R.G. – O projeto que penso desenvolver com os jovens da Freguesia passa por melhorar a comunicação entre a política e os jovens, porque existe ainda uma enorme falha de comunicação da política para com os jovens. Atualmente, a juventude é “bombardeada” com muita informação que, na minha opinião, não é bem filtrada e adequada aos mais novos, fazendo com que estes não percebam muita coisa o que faz com que o seu afastamento da política seja ainda maior. Pretendo, portanto, melhorar essa comunicação sobretudo ao nível da freguesia, indo ao encontro dos jovens, falando com estes para poder antecipar algumas questões e problemas que possam ter e tentar também, de alguma forma, perceber as suas opiniões sobre as políticas de juventude na freguesia. Além da cultura, educação, desporto e saúde, achei que seria importante falar também de Economia do Mar. A Freguesia de Quarteira é banhada por mar, tem uma enorme comunidade de jovens pescadores e, por isso, acho que é uma área que, apesar de não ser uma política direcionada para a juventude, é importante o seu debate e construção de ideias e propostas para os pescadores da Freguesia. Para isso criei recentemente um Gabinete de Apoio à Economia do Mar, que está a trabalhar na construção de propostas que vão ao encontro das necessidades da temática do Mar. Espero, no final, apresentar o melhor programa possível em política de juventude, com base no trabalho desenvolvido em conjunto com os jovens.
V.A. – Como avalia a gestão autárquica da Freguesia de Quarteira, em especial a dirigida aos jovens?
R.G. – A meu ver, não existe uma política de juventude em específico e que se possa dizer que é focada nos jovens. O atual executivo da Freguesia simplesmente está a seguir as linhas traçadas pelo anterior executivo. Contudo, acho que melhoraram bastante a comunicação, nomeadamente nas redes sociais, o que atualmente é muito importante para a população mais jovem, que usa muito este meio para comunicar entre si. Penso que ainda é muito cedo para fazer balanços sobre o trabalho realizado pelo atual executivo da Junta de Freguesia, porém, acho que só o facto de aperfeiçoarem as comunicações e dar a mostrar o que é feito por uma Junta de Freguesia, já é meio caminho andado para aproximar os jovens da política. E se for esse o caminho a seguir por parte da Junta de Freguesia, podem contar com a JSD para esse trabalho de aproximar os jovens da política e debater e construir propostas para melhorar a política de juventude na Freguesia.
Por ND
