Face às recentes notícias veiculadas na comunicação social sobre a existência de um alegado surto de tuberculose na unidade de Portimão do Centro Hospitalar do Algarve, EPE e que tem causado algum alarmismo social, o Departamento de Saúde Pública e Planeamento da Administração Regional de Saúde do Algarve IP esclarece que não existe nenhum surto nem qualquer ameaça de Saúde Pública, quer para os profissionais de saúde quer para a população em geral, e informa que:
  1. Existe apenas um caso confirmado e declarado no SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) de Tuberculose Pulmonar, diagnosticada em maio de 2015, já em tratamento. Existe um segundo caso, ainda não confirmado analiticamente, mas também já em tratamento preventivo.
  1. Os restantes alegados casos, divulgados por alguns órgãos de Comunicação Social, são Tuberculoses Latentes. Apesar de fazerem tratamento profilático não são doentes, nem são, portanto, contabilizados em termos de incidência, pelo que a dimensão do problema não constitui uma ameaça à Saúde Pública. De realçar que, quando se fazem rastreios de tuberculose, em populações «saudáveis», encontram-se em média 12,5% de casos de infeção latente. Ou seja, quando uma pessoa saudável contacta pela primeira vez com um doente com tuberculose, e não está protegida por vacina ou outro meio, o seu sistema imunitário pode reagir e produzir uma reação, mensurável pelos testes disponíveis (Manteaux ou outro), à qual chamamos «viragem» e que, por prevenção, implica um tratamento ligeiro, de modo a não contrair a doença.
  1. No entanto, no âmbito das respetivas competências na área da Vigilância Epidemiológica, o Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Algarve IP e a Unidade de Saúde Pública do ACES Barlavento estão a trabalhar em equipa e em articulação com o Centro Hospitalar do Algarve, EPE, tendo desde já disponibilizado, excecionalmente, de forma a tranquilizar profissionais e comunidade em geral, toda a colaboração necessária para a realização de Rastreio na Unidade Hospitalar de Portimão, através da Unidade Móvel de rastreio radiológico e a realização de Inquérito Epidemiológico.
  1. A ARS Algarve, IP compreende a preocupação dos profissionais de saúde, mas reforça que não existe qualquer motivo para alarme nem ameaça de Saúde Pública para a população.

 

        Por: ARS Algarve