GENEALOGIA por Manuel da Silva Costa | mscosta2000@hotmail.com
“As Leis Fundamentais da Estupidez Humana” de Carlos Cipolla, 1973 é um texto filosófico e político sobre o perigo da estupidez humana. Foi encenado por João de Brito em 30/11/2024 no Teatro Lethes.
Este historiador económico, de origem italiana, divide o comportamento humano, individual e em relação aos outros, em quatro quadrantes …
1º quadrante localiza os “parvos” - aqueles que se prejudicam sem promoverem vantagens para os circundantes …
2º quadrantes aonde ficam os “criminosos” que se beneficiam a si próprios em detrimento dos outros …
3º quadrante agrupa os “sensatos” que se beneficiam a eles próprios e também aos outros …
4º quadrante - o dos “estúpidos” incapazes de se beneficiarem tanto a eles como aos outros …
Os mais nefastos para a sociedade são os “estúpidos” ou cretinos – imprevisíveis nas suas asneiras, sem capacidade de emenda, sem imaginarem sequer que … são “estúpidos” (fig.) ...
Os “sensatos” ou inteligentes que procuram o bem para a sociedade e para si próprios deverão autodefender-se dos “criminosos” e afastar-se dos “estúpidos” pelo perigo que representam para a sociedade …
“Criminosos” e manhosos representam menos perigo para a sociedade do que os “estúpidos”, porque simplesmente se apropriem de bens (de forma indevida) mas sem os destruir … a riqueza roubada vai continuar a circular.
Os “parvos” … são inofensivos para a sociedade porque só se prejudicam a eles próprios sem provocarem danos a outrem …
Curiosamente, segundo Cipolla, entre grupos socioprofissionais, a distribuição das categorias comportamentais é semelhante, independentemente da geografia, cultura, instrução…
Fogem á regra os regimes democráticos, os quais são especialmente vulneráveis aos estúpidos entre as suas elites … todos os estúpidos podem votar sem filtros sociais e logo eleger … mais estúpidos.
A estupidez pode ser tão nefasta, que torne inviável um país onde este grupo seja dominante... pelo contrário países governados por criminosos (mal ou bem) lá vão singrando … exemplos não faltam.
