No Fim Da Linha poderá ser visitada até 31 de dezembro no Anel Verde (em frente ao mini-golf de Lagos). Aliada às celebrações do “Centenário da Chegada do Comboio a Lagos”, é um projeto fotográfico documental que irá refletir sobre as realidades divergentes da Estação de Lagos e zona envolvente, passados 100 anos da chegada do comboio. A chegada das primeiras carruagens trouxe a promessa de desenvolvimento e prosperidade local, mas, agora, a Estação já não é a mesma.
Telma Veríssimo nasceu em Faro e é fotógrafa profissional desde 1993. Formou-se em Fotografia na Escola Superior Artística do Porto em 1994 e regressou ao Algarve, onde colaborou regularmente com publicações regionais e nacionais tais como Publico, Diário de Notícias, revista Casas de Portugal, Jornal do Algarve e jornal Barlavento, até 2006. É formadora de Fotografia desde 1995 e, ao longo dos anos, tem colaborado como repórter fotográfica com diversas entidades algarvias: Associação In Loco, Municípios de Faro, Olhão e Castro Marim, Região de Turismo do Algarve, CCDR Algarve, Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique, ACTA (A Companhia de Teatro do Algarve).
A par da atividade profissional tem desenvolvido projetos pessoais de carácter artístico e documental que deram origem a exposições. A preservação do ambiente e da cultura do Algarve tem sido uma preocupação transversal a estes trabalhos. Em formato de livro encontra-se “Sagres – O Começo”, editado pela Bons Ofícios – Associação Cultural, em 2010 e “Passeio Público – Jardins, Alamedas e Recantos Ajardinados do Algarve”, produzido pela Associação Cultural Música XXI, em 2007. Entre 2016 e 2017 realizou o documentário fotográfico “Viagem Interior - Desertificação e Despovoamento no Algarve”, o qual deu origem a uma exposição itinerante que passou por diversos locais, dos quais se destaca a Assembleia da República entre 7 e 14 de Junho de 2017. O projeto está publicado em livro e pode ser visitado online em www.viageminterior.pt.
O objetivo principal dos Trechos é, através da fotografia como instrumento de reconstrução histórica e cultural, construir e simultaneamente recuperar uma memória, através do confronto de um passado de esperança e modernidade, à vulgarização e esquecimento.
Com o projeto Trechos pretende-se analisar o impacto da chegada do comboio a uma zona extremamente isolada e rural e observar a transformação de um século. A linha do Algarve foi sempre tão importante para a região, mas, em simultâneo, tão esquecida dos interesses da população que serve, proporciona uma das mais bonitas viagens que se pode fazer pela região, longe das atrações turísticas e traça uma fronteira de um Algarve de profundos contrastes. O projeto propõe, por isso, ligar a linha do Algarve à sua população, particularmente à população de Lagos.
Apoios: Direção-Geral das Artes . Município de Lagos . Infraestruturas de Portugal . Direção Regional de Cultura do Algarve . Região de Turismo do Algarve.