Em entrevista à agência Lusa, a propósito da 18.ª edição do Grande Prémio de Portugal, que decorre de sexta-feira a domingo, no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, o líder federativo diz querer "acreditar que Portugal está firme".
"Há [boas perspetivas], sobretudo se conseguirmos ter um próximo ano normal, igual ao de 2019 [sem pandemia] e com público. Acho que o Grande Prémio [de Portugal] entrou definitivamente no calendário. Depende mais de nós do que deles [da Fórmula 1]. Quero acreditar que Portugal está firme [no calendário]. Veja-se o que diz a imprensa internacional, o próprio [campeão] Lewis Hamilton e as equipas", sublinhou Ni Amorim.
O antigo piloto adiantou ainda que, "quando terminar este Grande Prémio, vai começar a trabalhar-se em 2022", mas diz que é preciso encarar "um ano de cada vez".
"Vamos ver o balanço final deste ano. Acho que vai correr bem, vamos continuar a cativar equipas e pilotos. Se isso acontecer, 2022 será uma certeza", frisou o responsável.
O Algarve acolhe, pelo segundo ano consecutivo, o Grande Prémio de Portugal, mas, ao contrário do que aconteceu em 2020, este ano não haverá público nas bancadas.
"Vai faltar a moldura humana que acaba por embelezar qualquer espetáculo, seja de automóveis, música ou futebol. Do ponto de vista desportivo e organizativo vai correr bem. Esperemos que as audiências televisivas atinjam os números de outubro, que foi o segundo mais visto do ano", acrescentou.
O presidente da FPAK mostrou-se convicto de que a corrida de domingo vai ser “um bom espetáculo, dentro das contingências que ainda são muitas".
Se, em 2020, a Portugal surgiu como uma alternativa à onda de cancelamentos provocados pela pandemia de covid-19, em 2021 a prova chega a território nacional com a obrigatoriedade de pagamento de uma taxa, de valor não revelado, aos promotores do campeonato.
Ni Amorim reconheceu que "sem público há um decréscimo de receita brutal, embora os contratos sejam diferentes com ou sem público", pelo que "o ideal era haver público".
"O Governo entende que não é altura e eles é que têm os dados para fazer a avaliação", concluiu.
A 18.ª edição do Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 vai ser disputada, entre sexta-feira e domingo, no AIA, em Portimão, pelo segundo ano consecutivo, depois de se ter realizado no circuito citadino da Boavista, em 1958, em Monsanto, no ano seguinte, e no Estoril, entre 1984 e 1996.
Por: Lusa