A falta de recursos humanos tem sido identificada como um dos grandes problemas no setor do turismo. O acordo de mobilidade com a CPLP poderá facilitar a vinda de mão-de-obra dos países de língua oficial portuguesa.

Depois de a problemática dos recursos humanos ter sido, durante o 32.º Congresso da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), um dos temas principais, o ministro da Economia e Transição Digital, Pedro Siza Vieira, admitiu que o acordo de mobilidade com a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) poderá facilitar a circulação de pessoas, nomeadamente a vinda de trabalhadores que o setor do turismo reclama.

O acordo, cuja ratificação está em preparação, vai ao encontro das necessidades identificadas recentemente pelo presidente da AHP, Raul Martins, num estudo que a associação realizou, apontando para a falta de 15 mil trabalhadores no setor da hotelaria.

Pedro Siza Vieira recordou que “o Governo empenhou-se no sentido de celebrar um acordo de mobilidade na CPLP” que vai a este encontro.

“Este acordo já foi assinado, já foi ratificado por dois países, Portugal prepara a sua ratificação e a ideia é a de ter uma comunidade onde as pessoas têm, de facto, o direito de circulação entre os vários países”, afirmou à margem do 32.º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, promovido pela AHP.

De resto, o ministro afirmou que “aqueles que nos estão próximos pela língua, pela cultura, pela história, obviamente têm um lugar” no nosso país, acrescentando, ainda, que “esta ideia de que temos um país aberto e tolerante que recebe bem as pessoas que querem viver e trabalhar entre nós é uma ideia que não irá ser posta em causa”, com as eleições de 30 de janeiro

Recorde-se que ni final de setembro, o ministro e Estado e Negócios Estrangeiros português admitiu, em Nova Iorque, que o acordo de mobilidade da CPLP, já ratificado por Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, ia entrar em vigor “muito rapidamente”.

A entrada em vigor do Acordo para a Mobilidade da CPLP, que precisa da ratificação de três países para se concretizar, está mais próxima, já que Timor-Leste “tem o processo em curso” e Portugal vai proceder à ratificação “neste outono” (setembro, outubro ou novembro), disse à Lusa Augusto Santos Silva.

 

Por: Publituris