Faro já está em alerta vermelho e não se trata de um aviso meteorológico: uma tempestade altamente destrutiva ameaça fortemente toda a zona litoral do concelho de Faro.

Tem origem no Governo e na Sociedade Polis Ria Formosa e avança impetuosamente para a demolição de centenas de casas, “qualquer que seja o seu estado”, na Península do Ancão - Ilhade Faro Nascente e Poente - e na Ilha da Culatra - Núcleos dos Hangares e do Farol Nascente.

Pretende-se arrasar “todo o tipo de estruturas edificadas” existentes na Ilha de Faro Nascente e Poente, nos Hangares e no Farol Nascente, para se atingir o supremo objectivo de apagar todas as memórias materiais “associadas à vivência e ocupação humana nas áreas de intervenção” em causa.

Após tomar posse administrativa das casas, demolir e renaturalizar vai custar à Sociedade Polis Ria Formosa 5,35 milhões de euros, de acordo com o valor do preço base dos procedimentos associados.

É uma afronta para as comunidades locais, cujas ligações históricas de décadas à Ria Formosa e às ilhas-barreira, seja no trabalho, seja no lazer, constituem já um património económico- socialvalioso, que merece ser cuidado e preservado, não destruído.

Na reunião extraordinária da Câmara Municipal de Faro, realizada no dia 2014-10-31, foi aprovada por unanimidade a moção “Câmara Municipal contesta Sociedade Polis”, relativa aos Núcleos dos Hangares e Farol Nascente e apresentada pelos eleitos do PPD/PSD e CDS-PP.

Na última reunião da Câmara Municipal de Faro, realizada no dia 2014-11-06, o vereador eleito pela CDU apresentou a moção que abaixo se transcreve e que foi aprovada com os votos a favor do eleito da CDU e dos eleitos do PS e a abstenção dos eleitos da Coligação Juntos por Faro.

Por: PCP algarve