Projeto do Município de Faro obteve a maior pontuação das 13 propostas submetidas por autarquias em Portugal no âmbito de iniciativa «Living Streets» e garantiu financiamento de 20 mil euros.

Rua Caldas Xavier vai ser transformada numa artéria com um espaço verde e livre de carros, adequado para convívio e atividades ao ar livre

O Município de Faro foi o grande vencedor do projeto Living Streets, uma iniciativa que visa a criação de locais de convívio e experimentação no espaço público até aqui ocupado pelos automóveis.

No âmbito deste projeto, a primeira living street de Faro vai ser criada na rua Caldas Xavier, nas imediações do bairro do Bom João, com a transformação deste espaço amplo, que hoje em dia serve exclusivamente para estacionamento automóvel, numa zona verde que passará a ser utilizada para convívio e atividades ao ar livre.

Os resultados do concurso nacional foram agora anunciados pela Oeste Sustentável – Agência Regional de Energia e Ambiente do Oeste, entidade parceira responsável pela receção de candidaturas em Portugal deste projeto que conta com financiamento do programa EUKI (Iniciativa Europeia para o Clima) do Ministério Federal do Ambiente, Conservação da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha.

Além de Faro, que obteve a maior pontuação das 13 propostas submetidas, também o Município de Óbidos, que teve a segunda proposta mais votada, vai receber um montante de 20 mil euros para poder implementar o seu projeto.

As intervenções devem acontecer entre o próximo mês de dezembro e outubro de 2021. 

No âmbito da intervenção proposta, a Rua Caldas Xavier será alvo de uma reconfiguração, cujos detalhes serão oportunamente apresentados.

O objetivo é devolver este espaço aos cidadãos e moradores, promovendo relações de vizinhança e sentido de pertença.

Após recolha de opiniões dos moradores e contando com a sua participação ativa na conceção do projeto final, será criadoa uma área verde ideal para conviver, comer, jogar, estudar, trabalhar, ler, andar de bicicleta ou respirar ar puro.

Para o efeito, esta «Living Street» será assim munida de vários equipamentos municipais – como mesas, bancos, floreiras, baloiços, camas de rede ou parque de bicicletas – que serão produzidos, sempre que possível, com recurso a materiais reutilizáveis e recicláveis.

Para que a população possa usufruir deste espaço com mais qualidade e segurança, aos fins de semana o trânsito rodoviário vai ser ali muito condicionado, salvaguardando-se os acessos às garagens existentes.

A intenção é que esta primeira «Living Street» de Faro – cujo conceito, ligado a um novo modelo de urbanismo, nasceu em 2013, na cidade belga de Ghent, pelas mãos de habitantes e comerciantes, e entretanto replicado em várias cidades europeias – possa servir de inspiração para que outras artérias da cidade e do concelho possam adotar um modelo de rua sustentável, permitindo diminuir a poluição visual, sonora e atmosférica, além de criar oportunidade para as pessoas saírem de casa e passarem tempo de qualidade num espaço verde e agradável.

 

Por:CM Faro