A nova Federação da Agricultura Algarvia (FEDAGRI) foi hoje apresentada em Lagoa, tendo a ambição de ser uma voz forte na defesa da agricultura da região e na resolução dos seus problemas, principalmente o da falta de água.

“Até aqui falávamos cada um para seu lado e, se falarmos todos em conjunto temos outro peso, representamos todos. É uma voz mais forte, é uma voz com mais peso, e isso até é bom para o próprio Estado”, disse à Lusa o presidente da Associação de Regantes do Sotavento Algarvio, Macário Correia.

A FEDAGRI foi apresentada à margem da Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Lagoa (FATACIL).

A nova federação já está criada legalmente, aguardando agora a eleição dos seus órgãos sociais numa reunião que deverá realizar-se em 04 de setembro próximo.

“O Algarve tem associações várias na área da agricultura, cooperativas, adegas, e tem, obviamente, criadores de gado e os produtores de citrinos também estão organizados, mas no fundo não tinha uma estrutura que juntasse tudo”, o que passa a acontecer com a criação da FEDAGRI, acrescentou Macário Correia.

Esta entidade é a mesma estrutura que em 08 de março passado organizou a marcha lenta de agricultores e similares entre Boliqueime e Almancil para que o Governo tomasse medidas contra a seca.

Na altura apresentaram-se como a recém-formada Comissão para a Sustentabilidade Hidroagrícola do Algarve (CSHA) e o setor estava preocupado, porque parecia que não iria haver água suficiente para o resto do ano.

As chuvas de no final de março e princípio de abril acabaram por significar um “balão de oxigénio” que afastou a sombra da falta de água nos próximos meses, mas depois do verão o problema terá de ser tratado mais uma vez.

“Nós queremos, obviamente, trabalhar com o Estado em relação à nova política da água e entendemos que é preciso armazenar mais água doce”, resumiu o presidente da Associação de Regantes do Sotavento Algarvio”.

Lusa