A covid-19 obrigou os amantes desta tradição que nasceu em 1968 a ficar em casa, atrás em um ecrã, mas a energia da Festa da Espiga continuou a ser a mesma. Francisco André Rodrigues faz parte da organização do evento e destacou as duas partes da edição deste ano. "A iniciativa este ano esteve dividida em duas partes distintas: a primeira, que teve um grande impacto, foi ‘A Espiga volta a Sua Casa’. Aumentamos os carros do desfile, sendo que o ano passado recreamos apenas 2 carros e este ano convidamos mais pessoas e tínhamos cerca de uma dezena de carros para percorrer toda a freguesia".
Já a segunda parte, "foi ‘A Espiga em Direto’ a partir de um lugar giríssimo da Vila de Salir e fizemos cerca de 4 horas de direto. Passaram por lá vários artistas, todos eles com raízes de Salir. Tem sido grande preocupação da organização ‘puxar’ os artistas jovens da freguesia”.
O membro da organização considera que "foi muito gratificante ver as pessoas a recordar a festa e é sempre muito bom levar essa festa às pessoas". No total, a Festa da Espiga movimentou 50 pessoas e o resultado final não poderia ter sido melhor. “O feedback foi extremamente positivo”, afirmou Francisco André Rodrigues, que se mostrou orgulhoso ainda do direto. “Fica ali um trabalho histórico para edições futuras”, acrescentou.
A organização teve o cuidado de levar bolos tradicionais para oferecer a quem estava a ver o desfile e máscaras de proteção. Ainda assim, sem a edição presencial, “o que se perde são as pessoas (a coisa mais importante). Nós [organização] tentamos passar a maior alegria possível”.
Mostrando-se otimista, Francisco André Rodrigues acredita que “à terceira é de vez… Estávamos longe de pensar que pelo segundo ano iriamos ter a festa sem ser pelo formato ‘normal’. A verdade é que acabou por acontecer e o objetivo é para que em 2022 Salir receba a Festa da Espiga como merece”.
