O enredo, criado a partir de um texto anónimo, conta as peripécias pelas quais passaram muitos dos homens dos finais do século XX, contagiando pelo humor e pela leveza na abordagem de assuntos nem sempre fácies de resolver fora do palco.
O espetáculo tem um custo associado de 5 euros e é recomendado a maiores de 16 anos.
“Yerma” de Federico García Lorca, pelo Penedo Grande, será a próxima peça a subir ao palco a 28 de novembro, no âmbito deste Festival.
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Mais sobre a peça:
Sonhar com a mulher ideal, viver deceções de amor passar por separações, descobrir a autoestima e o poder da sexualidade, mudar no mercado de trabalho. Todas estas fases vividas por dois amigos estão bem patentes no espetáculo “A MULHER IDEAL”, a 28.ª’ produção da Companhia de Teatro JODICUS.
O espetáculo, a partir de um texto anónimo, conta as peripécias de uma vida comum, de dois homens comuns, pelas quais passaram muitos dos homens dos finais do século XX.
Sonharam com a mulher ideal, buscaram-na, iludiram-se e desiludiram-se, mas ambos, numa vida compartilhada na mesma habitação, se autorretratam num marasmo machista comparativamente com o evoluir da revolução feminista, protagonizado pelas mulheres do final do século. Aquela mulher que começa a ir sozinha ao café, ao ginásio, à discoteca e a afirmar-se enquanto cidadã de plenos direitos.
A envolvência dos dois atores leva-os mesmo a confundir/questionar a sua sexualidade, embora se considerem orgulhosamente dignos representantes dos machos lusos.
O evoluir da trama regista-se num trajeto que contagia pelo humor e pela leveza na abordagem de assuntos nem sempre fácies de resolver fora do palco. Embora se retrate os idos anos 80/90, chegamos ao fim com a impressão de que muitos homens de hoje se conseguirão rever nestes dois amigos e, muitas mulheres decerto, irão ver no palco, a imagem refletida do seu homem.
Por: CM Silves