FILIPE LIMA SOBE AO TOP-15, RICARDO SANTOS 38º

Filipe Lima deu hoje (quinta-feira) um passo importantíssimo para o desejado regresso ao European Tour, a primeira divisão europeia, em 2017.

O atleta olímpico português soube tirar partido de um dia ainda mais favorável a resultados baixos em Omã, com mais calor e sempre sem vento, para efetuar uma boa segunda volta em 68 pancadas, 4 abaixo do Par do Almouj Golf, em Mascate.

Filipe Lima tinha feito ontem 71 (-1), totaliza 139 (-5) e ascendeu do 22º ao 14º lugar na NBO Golf Classic Grand Final.

«Hoje foi um bocadinho melhor, joguei mais consistente, só fiz 1 bogey, por causa de 3 putts. Não falhei tantos shots. Também não fiz tantos birdies como ontem, mas 4 abaixo do Par é bom porque o campo não está fácil», analisou o português de 34 anos, residente em França, que meteu um putt fantástico para birdie no buraco 17: «Foram uns 20 metros bem jeitosos, com uma lomba também jeitosa».

O torneio de 400 mil euros em prémios monetários encerra a época de 2016 do Challenge Tour, e só os 16 primeiros classificados no ranking oficial da segunda divisão europeia (a Corrida para Omã) irão subir de escalão.

Filipe Lima chegou a Mascate como 12º posicionado; tinha descido ontem, provisoriamente, para 14º na Corrida para Omã, ao terminar a primeira volta da NBO Golf Classic Grand Final no grupo dos 22º classificados, mas hoje, ao subir ao top-15, recuperou o 12º posto no ranking.

A atualização diária da Corrida para Omã que o Challenge Tour faz nesta Grande Final não é do agrado do português: «É difícil para os jogadores e nem deveriam fazer isso. É verdade que eu ontem perdi 2 lugares, mas estava uns 15 mil pontos à frente do 16º. Isto são quatro voltas, há é que jogar e eu só quero jogar o meu jogo».

Pelo contrário, Ricardo Santos, sem jogar mal, vê cada vez mais longe esse objetivo de chegar ao final da semana no top-16 da Corrida para Omã.

Antes do torneio começar era o 42º, mas hoje está provisoriamente em 43º nesse ranking, tendo mantido a mesma classificação de ontem no torneio, o 38º lugar empatado, apesar de até ter jogado melhor e de ter obtido melhor resultado, passando de 73 (+1) na primeira volta para 71 (-1) na segunda.

«Hoje bati bem na bola, só falhei 1 green, mas fiz 35 putts e a volta fica contada», resumiu bem o duplo campeão nacional.

Foi uma jornada de boas pancadas de saída, algumas, sobretudo com o driver, do melhor que pode fazer. Houve bons approaches, à exceção do que falhou no buraco 14, o único bogey que sofreu. Mas muitos putts ficaram à beira do buraco, teimando em não entrar. Uma autêntica provação mental.

«No putt, toquei bem na bola, mas não meti praticamente nenhum. Poderia ter sido uma grande volta e acabou por ser só de 1 abaixo. Foram muitos buracos consecutivos a “patar” para birdie, porque o único green que falhei foi do 14, portanto, foram 13 buracos seguidos a “patar” para birdie. Fiz 1 birdie no 12 (Par-5) porque meti a bola no green em 2 pancadas e estive relativamente perto de fazer eagle… é um pouco frustrante, é uma luta mental. De certa forma sinto-me satisfeito com a volta por ter lutado até ao fim, manter a mesma atitude, o mesmo ritmo de jogo» explicou o algarvio de 34 anos.

Ricardo Santos sabe que só a vitória poderá, provavelmente, levá-lo de volta ao European Tour. Uma vitória parece longe para quem surge em 38º empatado entre 44 jogadores, mas o torneio ainda só vai a meio e a subida do nível de jogo motiva-o a não baixar os braços e a manter a tal atitude positiva: «Ainda há mais dois dias para que possa suceder algo de extraordinário. (…) Um fim de semana como o que o Lima fez na semana passada… quem sabe».

O NBO Golf Classic Grand Challenge é liderado pelo alemão Bernd Ritthammer, que juntou uma volta de 64 (-8) à de 67 (-5) de ontem, para um agregado de 131 (-13).

Bernd Ritthammer é um dos quatro jogadores que este ano venceram dois torneios do Challenge Tour, no seu caso, no Made in Denmark Challenge, em julho, e no Volpa Irish Challenge, em setembro.

Era o 6º na Corrida para Omã antes de começar o torneio e embora esteja seguro de ir subir ao Challenge Tour, sabe que um terceiro título numa mesma temporada, proporciona-lhe uma categoria superior no European Tour de 2017 do que a que recebe por terminar no top-16 do Challenge Tour.

A terceira e penúltima volta começa amanhã às 8h30. Ricardo Santos às 8H52 e Filipe Lima às 10h20.

A prestação dos jogadores portugueses pode ser acompanhada na SportTV. O canal-4 irá passar reportagens diárias do torneio nos seguintes horários: no dia 3 às 00h40, no dia 4 à 01h00, no dia 5 às 00h40, no dia 6à 01h30.

 

Por PGA