Na semana passada, uma delegação do PCP, integrando o deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, visitou a Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, ...

a Unidade de Saúde Familiar Al-Gharb, a Unidade de Saúde Familiar Farol e a Unidade de Cuidados na Comunidade do Centro de Saúde de Faro, tendo-se inteirado dos problemas que afetam esta unidade de saúde, nomeadamente, ao nível dos recursos humanos, da referenciação para o Hospital de Faro, do parque automóvel e da falta de material clínico.

A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, que inclui as extensões de saúde da Bordeira, da Conceição, da Culatra, de Estoi e de Santa Bárbara de Nexe, tem apenas 17 médicos, dos quais 3 afetos à saúde materna. Para poder dar uma resposta adequada às necessidades da população esta unidade precisa de pelo menos mais 6 médicos. Também a Unidade de Saúde Familiar Farol precisa de mais um médico, já que tem cerca de 400 utentes sem médico de família.

O Centro de Saúde de Faro tem também falta de enfermeiros. Na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados, 7 dos 16 enfermeiros encontram-se com baixa médica prolongada, traduzindo-se esta circunstância numa severa carência destes profissionais de saúde. A Unidade de Cuidados na Comunidade, com 13 enfermeiros, precisa de pelo menos mais 3.

O Centro de Saúde de Faro não tem técnicos superiores em número adequado. Efetivamente, a Unidade de Cuidados na Comunidade precisa de mais um terapeuta da fala, mais um terapeuta ocupacional e um fisioterapeuta (atualmente, dispõe de um fisioterapeuta a meio tempo).

A Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados tem uma acentuada carência de assistentes técnicos, precisando de contratar pelo menos mais 4. Importa sinalizar que um quarto destes profissionais que prestam serviço nesta unidade de saúde tem contratos a termo certo, apesar de exercerem funções que correspondem a necessidades permanentes do serviço. Esta situação já se arrasta há vários anos, sendo urgente a sua regularização por via da integração destes profissionais nos quadros do Ministério da Saúde.

À delegação do PCP foi assinalado um problema com a referenciação para o Hospital de Faro em várias especialidades, com ênfase na obstetrícia, onde há muita dificuldade na marcação de ecografias e se verifica a incapacidade para assegurar a consulta das 38 semanas.

O parque automóvel da Unidade de Cuidados na Comunidade de Faro é inadequado, circunstância que afeta negativamente a prestação de cuidados ao domicílio. Este problema, que tem sido relatado ao PCP em todos os centros de saúde do Algarve, exige uma ação decisiva, pois não é admissível que os cuidados ao domicílio não sejam prestados, ou sejam prestados de forma deficiente, por falta de viaturas para a deslocação dos profissionais de saúde.

Por fim, à delegação do PCP foi relatado o problema da falta pontual de material clínico. Apesar de os profissionais de saúde contactados pelo PCP assinalarem melhorias relativamente a um passado recente, este é um problema que deve ser definitivamente ultrapassado, por via da manutenção de stocks adequados de material clínico na Administração Regional de Saúde do Algarve e da sua pronta disponibilização aos centros de saúde.

Assim, o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, e da deputada Carla Cruz, questionou o Ministro da Saúde (pergunta em anexo) sobre as medidas que serão tomadas para ultrapassar os problemas que afetam o Centro de Saúde de Faro, nomeadamente, ao nível dos recursos humanos, da referenciação para o Hospital de Faro, do parque automóvel e da falta de material clínico.

 

Por: Grupo Parlamentar PCP