De acordo com as informações recolhidas pela delegação do PCP, cerca de 30 trabalhadores do Clube Praia da Rocha, gerido pela empresa Green Stairs, têm dois meses e meio de salários em atraso, além de subsídios e compensações não pagos. Apesar de todas as diligências realizadas junto da administração da empresa, os trabalhadores não conseguiram, ainda, receber aquilo a que legalmente têm direito.
Estes trabalhadores vivem uma situação dramática, tendo, inclusivamente, o desespero levado uma trabalhadora a permanecer acorrentada, desde a passada sexta-feira, no interior do complexo turístico em protesto contra a recusa da administração em lhe pagar, a ela e aos seus colegas, os salários em atraso.
O agravamento da precariedade, a intensificação dos ritmos de trabalho, a redução de direitos, os baixos salários e os salários em atraso constituem uma marca da situação laboral no setor da hotelaria, que é inseparável de uma política de exploração e empobrecimento que favorece o grande capital e sacrifica as condições de vida dos trabalhadores.
Perante esta situação de salários em atraso que se verifica no Clube Praia da Rocha, o Governo não pode alhear-se, permitindo que os direitos dos trabalhadores sejam impunemente violados.
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP questionou o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social (pergunta em anexo), sobre o acompanhamento feito pelo Governo e pela Autoridade para as Condições de Trabalho da situação no Clube Praia da Rocha; e sobre as medidas urgentes que o Governo irá adotar para garantir que os direitos dos trabalhadores serão integralmente respeitados, nomeadamente, o direito a receberem os salários, subsídios e compensações em atraso.
Por GP PCP