Manobras do Ministério da Saúde para descredibilizar greve dos enfermeiros não resultaram!
Hoje, tendo em conta os dados verificados de adesão à greve, os enfermeiros demonstraram, mais uma vez, a sua justa insatisfação, revolta e indignação, não só perante a ausência de respostas e soluções do Ministério da Saúde em relação aos seus problemas concretos, mas também perante o prepotente e inqualificável comportamento do Ministério da Saúde que tentou, por Despacho, desmontar uma greve que se iria concretizar, fruto do profissionalismo, sensibilidade e responsabilidade dos enfermeiros, sem colocar em causa nenhuma resposta necessária e até acrescida face ao impacto do surto de Legionella na zona da Grande Lisboa.
Ficou claro, se dúvidas existissem, que a atitude alarmista do Ministério da Saúde impondo a comparência de todos os enfermeiros escalados em 5 hospitais da região de Lisboa, apenas teve como objetivos:
-Tentar “quebrar” a força dos enfermeiros, num sinal claro de que o Ministro da Saúde lida mal com as fortes adesões dos enfermeiros às greves;
-Tentar, mais uma vez, denegrir a imagem de profissionalismo dos enfermeiros junto da população e desviar a atenção dos reais problemas em matéria de acesso a cuidados de saúde que afetam hoje milhares de portugueses;
-Tentar alterar os cuidados mínimos que há muito estão negociados e nunca colocaram em causa as respostas a dar aos utentes em dias de greve dos enfermeiros.
Contudo, se os objetivos do Ministério da Saúde eram estes, esbarraram na determinação dos enfermeiros portugueses que hoje, tal como já o fizeram e continuarão a fazer, demonstraram não capitular na luta pela reposição das 35 horas semanais, pela admissão de mais enfermeiros, pelo descongelamento das progressões salariais, pela reposição dos valores pagos pelas horas de qualidade e extraordinárias, pela harmonização salarial dos CIT, pela valorização dos enfermeiros especialistas, em defesa do Serviço Nacional de Saúde e pela valorização e dignificação de uma profissão que coloca ao dispor dos portugueses um dos seus bens mais preciosos – A SAÚDE.
Por: SEP