Num contexto de inflação, e com o mesmo dinheiro, uma família passa a conseguir comprar menos coisas. Eis o que se pode fazer.

Ao longo dos últimos meses, já todos saímos do supermercado com a sensação de que comprámos menos coisas com o dinheiro que gastámos. E a culpa é da inflação, que tem apresentado uma tendência de subida alarmante em toda a Zona Euro. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), os preços em Portugal aumentaram mais 1% durante o mês de maio, colocando a taxa de inflação homóloga em 8%, o valor mais alto registado no país desde 1993.

Mas o que é a inflação e que impacto traz para as famílias? A inflação consiste no aumento generalizado do preço de bens e serviços, que pode ser causado por cenários como o aumento do dinheiro em circulação, o aumento da procura, ou o aumento dos custos (por exemplo, dos custos de produção). Em termos práticos, um contexto de inflação traduz-se na perda de poder de compra, o que significa que com o mesmo dinheiro, uma família passa a conseguir comprar menos do que num período anterior à inflação.

Desta forma, e este ano em particular, despesas como créditos, portagens, eletricidade, a conta do supermercado, consultas hospitalares, entre outros, sofreram aumentos de preço, impactando a carteira das famílias portuguesas. Para combater a inflação e proteger o orçamento familiar, o Unibanco preparou um guia com um conjunto de dicas que podem ajudar-te.

1. Atualizar o orçamento familiar

O primeiro passo para proteger a saúde financeira numa altura em que os preços tendem a aumentar é planear. Procura apontar todos os teus gastos de forma detalhada, para que consigas identificar as áreas onde poderás economizar. Analisa os valores alocados a cada área e elabora um orçamento mensal adequado ao contexto atual, tendo em mente os bens e serviços nos quais precisas de aumentar os gastos, e aqueles onde poderás diminuir.

2. Fazer compras conscientes

Mais do que nunca, a pesquisa e comparação de preços tornam-se ferramentas fundamentais para lutar contra a inflação. Informa-te sobre os preços e as promoções em vigor, e procura perceber que produtos habituais podem ser trocados por opções mais em conta. Se possível, compra produtos não perecíveis em maiores quantidades para armazenar, mas não te esqueças de investir apenas naquilo que realmente irás precisar, evitando gastos supérfluos.

3. Recorrer ao crédito consolidado

O crédito consolidado trata-se de um instrumento financeiro que consiste na conjugação de vários créditos num só, e que apresenta condições mais vantajosas e uma mensalidade mais reduzida. Para famílias com vários créditos, esta pode ser uma solução de financiamento que permite poupar um valor considerável ao final do mês.

4. Ter um fundo de emergência

Se ainda não tens um fundo de emergência, esta é sem dúvida uma boa altura para começar a construí-lo. Idealmente, esta poupança corresponde a seis ou mais meses de salário, que poderá usar para se prevenir e fazer face a situações inesperadas.

5. Investir com precaução

O contexto atual poderá ser um bom impulsionador para que começares a depositar as tuas poupanças em aplicações rentáveis e que façam crescer o dinheiro. Procura diversificar ao máximo os investimentos e, dependendo dos fundos disponíveis, apostar em diferentes carteiras de ações. Contudo, é importante ter algum conhecimento prévio ou aconselhamento para fazer as melhores escolhas e não ficar a perder.

6. Apostar em obrigações que sigam a inflação

Algumas obrigações estão indexadas à inflação, o que pode ser uma boa aposta num momento como o atual. Significam ainda assim uma aposta, pois a rentabilidade não depende apenas da inflação atual, mas, e sobretudo, do seu valor à altura do vencimento. Trata-se de mais uma opção na diversificação de ativos.

 

Por: Idealista