Esta foi uma decisão muito ponderada, e, confesso-o, que me entristece. No entanto, as discussões que ocorreram ao longo das últimas semanas no seio do secretariado de Loulé tornaram clara uma divergência profunda e fundamental sobre a estratégia da JS Loulé.
Nas últimas semanas, foi colocada à liderança política da JS Loulé a possibilidade vários entraves provenientes de alguns dirigentes políticos da JS.
A oposição interna da JS Loulé retirou ao Secretariado todas as condições para continuar a liderar a concelhia.
Em consequência disso, apresentei ao presidente da Assembleia Geral de Militantes, a demissão do cargo de presidente da concelhia.
Tenho consciência da seriedade desta situação e quero por isso mesmo dirigi-me aos militantes e aos jovens do concelho de Loulé.
Desde aos vários meses tenho lutado por um prepósito que considero absolutamente fundamental proteger a JS da necessidade de aproximação da estrutura aos jovens do nosso grande concelho, lutando pela generalização da prática desportiva, nomeadamente através das propostas que apresentamos sobre o streetworkout e recentemente o skate parque na cidade de Loulé bem como na defesa de medidas que ajudem a minimizar os efeitos do desemprego jovem no concelho de Loulé, portanto reitero o meu apoio ao projecto do IKEA.
A marcação de eleições antecipadas na concelhia de Loulé tem consequências profundamente negativas, para a imagem, para o prestígio da maior concelhia da JS no Algarve.
Agora como sempre, confio nos militantes da JS e no seu julgamento.
Lamento que o apoio dado pelas associações representativas dos estudantes do concelho de Loulé tenha sido deitado por terra, e lamento ainda que o tenha sido por mero calculismo político, porque uma única razão explica essa crise, a sofreguidão pelo poder a impaciência pelo poder.
Quando as linhas orientadores definidas pelo congresso Nacional da JS são apoiadas pelas instituições representativas dos estudantes do concelho e pelos jovens em geral há quem faça tudo para destruir essa vitória. Quando JS precisa de ter uma voz forte no concelho de Loulé há quem faça tudo para enfraquecer irremediavelmente a concelhia da JS.
Quando o interesse juvenil deveria estar em cima de qualquer interesse, há quem não hesite em colocar o interesse político-partidário em acima dos interesses dos jovens do concelho de Loulé.
Esta atitude de obstrução da liderança da concelhia, não é nova e não é de agora pelo contrário fez sentir-se desde o início das funções da actual direcção. Uma liderança que esta em funções em resultado da única fonte de legitimidade das democracias modernas, a vontade dos militantes.
As mesmas forças que fazem de forma regular, nunca se conformaram com a vontade dos militantes da concelhia que exprimiram nas últimas eleições decorridas em de 2014.
Já não se trata de obstruir a acção do Secretariado, tratou-se sim de bloquear a JS no concelho de Loulé.
Esta crise politica era evitável, bastava haver espirito de diálogo, esta crise é totalmente inoportuna é provocada no pior dos momentos durante a nossa gestão nos destinos autárquicos do concelho e com umas legislativas à porta, e onde deveríamos estar focados em mobilizar Portugal e trono de uma mudança política no nosso país.
Pode haver quem pensa que obteve uma vitória no jogo político, tristeza de vista, quem assim pensa não esta a olhar para o essencial.
O que se passou hoje em Loulé, não tem haver comigo, não tem a ver com o secretariado tem a ver com os jovens do concelho de Loulé. E hoje estou convencido os jovens perderam não ganharam, hoje acrescentaram-se mais problemas de credibilização da politica no nosso concelho.
Hoje a irresponsabilidade triunfou em cima dos interesses dos jovens do concelho de Loulé.
As lutas dos jovens ficaram reféns do calculismo político mais imediato. Esta crise política tem consequências gravíssimas, para a credibilidade que a JS tem que ter junto das instituições e junto dos jovens do concelho. E por isso os que provocaram sem qualquer fundamento sério, e sem alternativas são a agora responsáveis pelas suas consequências.
Pela minha parte sinto que estou a cumprir o meu dever, apresentei as medidas que considerei necessárias para que as necessidades dos jovens fossem suprimidas. E filo com uma única preocupação no meu espirito, defender o que entendo ser o interesse dos jovens e do concelho.
Mas quero dizer aos militantes que a concelhia não ficou sem rumo. Podem contar com a mesma atitude e com o mesmo sentido institucional de sempre. O secretariado cumprirá totalmente o seu dever, dentro das suas competências que são próprias de um secretariado demissionário com a consciência da gravidade da situação para que a concelhia acaba de ser atirado.
A crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos militantes. Pois com a determinação de sempre, e com a mesma vontade de servir o meu concelho irei submeter-me a essa decisão. Muita gente ao longo destes três anos das minhas funções de dirigente da concelhia de Loulé da JS acusou-me de ser excessivamente voluntarioso ou excessivamente optimista. Eu deixo estes julgamentos a outros. O que sei e quero afirmar é que tenho confiança na energia, na vontade e na capacidade dos jovens do concelho. Vivemos tempos difíceis mas saberemos vencê-los, fomos arrastados para instabilidade mas saberemos supera-la, a ansiedade pelo poder levou alguns a por em causa o interesse concelhio e os fins ideológicos da Juventude Socialista. Sejamos pois claros, uma coligação negativa de forças políticas que nada mais une a vontade de abrir uma crise politica impos a demissão do secretariado, porque lhe retirou as condições mínimas para a liderança exigente que temos em frente. Esta crise acontece nos piores momentos para a Juventude Socialista, mas os militantes saberão dar resposta com a mesma determinação de sempre.
Agora e como sempre em confio nos militantes e no seu julgamento, agora e como sempre em confio em Loulé.
Por: Hélder Semedo