O candidato independente à Presidência da República, Henrique Neto, enviou a todos os partidos políticos portugueses uma carta onde lança o desafio para que estes digam aos portugueses «como pensam combater de forma consistente o problema do desemprego e promover a criação de novos empregos», no âmbito dos programas eleitorais a apresentar nas próximas legislativas. Na missiva enviada aos partidos políticos, também partilhada com os restantes candidatos presidenciais, Henrique Neto defende que o combate ao desemprego passa pelo «debate com todos os sectores da economia e a criação de políticas sectoriais com vista ao aumento das exportações».
«Num País de apenas dez milhões de habitantes, localizado no centro do Ocidente e entre duas das maiores economias mundiais, a da Europa e a dos Estados Unidos, com o Atlântico por parceiro logístico e criador de riqueza, o desemprego só pode existir por falência das elites dirigentes, que não conseguem equacionar a solução de vários problemas simultaneamente», considera o candidato na carta. Henrique Neto entende ser urgente a definição de uma estratégia efectiva de combate ao desemprego face aos «níveis insustentáveis» que este atingiu em Portugal, alertando que «muitos desempregados já perderam o respectivo subsídio, deixando as famílias na mais extrema pobreza», e que «os cortes nos rendimentos do trabalho e dos reformados impedem as tradicionais formas de apoio das famílias, em particular aos jovens sem emprego», muitos obrigados a emigrar.
Henrique Neto refere ainda que todos estes cenários acontecem «perante a indiferença e a hipocrisia do Estado» e critica «a inoperância perante as oportunidades que surgem na economia, nomeadamente por ausência de uma estratégia nacional para o progresso e para o desenvolvimento». O candidato presidencial lamenta que «nem mesmo o sucesso de sectores da economia e de algumas regiões de Portugal parece estimular o estudo sobre as melhores soluções para a crise do desemprego», e toma como exemplo para análise, entre outros, «as indústrias do calçado, dos componentes para automóveis, da cerâmica e o cluster de produtos que envolve a indústria de moldes e a engenharia». Mas «infelizmente, não são usados para o estudo do que vai mal noutros sectores e no Estado», como «o que vai mal no nado morto Banco de Fomento», exemplifica.
O primeiro candidato a apresenta-se na corrida às eleições Presidenciais de 2016, considera que o caminho para o crescimento económico do País e consequente criação de emprego, além do debate junto de players de todos os sectores da economia, passa também pela «questão de Sines», que, refere na carta «já apresentei aos partidos», e «assume uma importância particular». A “questão de Sines” «trata-se de definir este como um porto de transhipment no panorama portuário nacional, actuando em conformidade na sua promoção, com o objectivo de atrair o investimento estrangeiro de empresas integradoras que aproveitem as vantagens da localização próxima das rotas do Atlântico e da paragem frequente de navios de ligação a todos os outros continentes», explica o candidato.
Henrique Neto refere que as empresas integradoras «recebem sistemas e componentes oriundos de todos os continentes e integram-nos na produção de bens, como acontece com a Auto-Europa, enviando-os de seguida para todo o mundo pela mesma via». O candidato considera que estas são «empresas criadoras de muitos empregos, quer altamente especializados, quer de baixo nível de especialização, nomeadamente nas montagens, nas embalagens e nos transportes», que podem contribuir igualmente para «o desenvolvimento em Portugal de novos fornecedores nacionais».
O candidato independente considera que o desemprego em Portugal «tem solução» e refere que «só não está a ser uma questão ultrapassada porque se está a trabalhar num quadro restrito de pensamento que faz depender o crescimento económico de causas oriundas da macro economia», sem conhecimento do que «se passa nas empresas e à revelia dos factores estratégicos do crescimento económico criador de empregos», defende.
Na carta enviada aos partidos políticos, Henrique Neto critica ainda «as propostas para a dinamização do consumo à custa das reservas da Segurança Social, para mais sabendo-se que o crescimento do consumo é feito principalmente pelas classes sociais com maior poder de compra, afectando de imediato as importações e o défice da Balança Comercial». O candidato considera igualmente incompreensível «a ausência de programas de substituição de importações, no sentido de identificar os sectores e os produtos importados» pelo Estado, «com o objectivo de dinamizar o empreendedorismo dos portugueses para a sua produção».
Henrique Neto anunciou a sua intenção de intervir activamente na campanha eleitoral das legislativas, escrutinando os programas dos partidos, e obrigando a que se discuta aquilo que, no seu entender, realmente interessa ao País e aos portugueses.
O candidato presidencial independente entende que é sua obrigação «confrontar os actuais partidos com as questões que considero mais importantes para o futuro do País e que não veja contempladas nos seus programas, ou o estejam de forma que eu considere pouco séria, ou até errada. Não o fazer nesta altura seria o mesmo que dizer que isso me é indiferente enquanto candidato presidencial, ou que isso só me diz respeito se, e quando, for eleito Presidente da República!».
A candidatura de Henrique Neto a Presidente da República, sob o mote “Por uma nova República”, pode ser acompanhada em http://www.henriqueneto.pt/ .
Por Midlandcom