Segundo as estatísticas rápidas da “Atividade Turística” do Instituto Nacional de Estatística (INE), em junho o setor do alojamento turístico registou 3,1 milhões de hóspedes (+2,5% face ao mesmo mês de 2024) e 8,1 milhões de dormidas (+3,1%).
No período, gerou 751,8 milhões de euros de proveitos totais (resultantes de toda a atividade do estabelecimento hoteleiro) e 583,4 milhões de euros de proveitos de aposento (apenas referentes às dormidas), o que representa subidas de 7,6% e 7,9%, respetivamente, relativamente ao mês homólogo.
Embora os proveitos tenham continuado a crescer em junho, o INE nota que se registou um abrandamento face ao mês anterior, em que os aumentos homólogos foram de 8,7% nos proveitos totais e de 8,8% nos de aposento.
Para o crescimento das dormidas contribuíram os residentes, que aumentaram 5,8% (após +5,6% em maio) para 2,4 milhões de dormidas, e os não residentes (+2,0%, contra -0,1% em maio), totalizando 5,7 milhões de dormidas, detalha o INE.
Em junho, os 10 principais mercados emissores representaram 76,5% do total de dormidas de não residentes, com o mercado britânico a manter a liderança (20,3% do total das dormidas de não residentes), apesar do decréscimo de 1,0% face ao mês homólogo.
As dormidas do mercado alemão, o segundo principal mercado emissor em junho (11,3% do total), cresceram 9,0%, seguindo-se o mercado norte-americano na terceira posição (quota de 11,0%), com um crescimento de 5,5%.
No grupo dos 10 principais mercados emissores em junho, o INE destaca ainda o crescimento do mercado canadiano (+7,7%) e as quebras dos mercados francês (-8,2%) e brasileiro (-7,5%).
No mês em análise, todas as regiões do país registaram aumentos nas dormidas, tendo as maiores subidas ocorrido no Alentejo (+9,6%) e no Norte (+6,6%), enquanto na Grande Lisboa (+0,1%) e nos Açores (+0,7%) os crescimentos foram “mais modestos”.
O Algarve concentrou 29,4% do total de dormidas, seguido da Grande Lisboa (21,9%)
O INE detalha que as dormidas de residentes registaram “crescimentos mais expressivos” na Península de Setúbal (+9,9%) e no Norte (+8,3%), enquanto no Centro (-3,1%) e no Oeste e Vale do Tejo (-2,9%) se observaram os maiores decréscimos.
Em junho, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,59 noites) aumentou 0,6% (-1,4% em maio).
Os valores mais elevados deste indicador continuaram a registar-se na Madeira (4,51 noites) e no Algarve (3,91 noites), enquanto as estadias mais curtas ocorreram no Centro (1,73 noites) e no Oeste e Vale do Tejo (1,85 noites).
No que se refere às taxas de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico, a taxa líquida de ocupação-cama (54,8%) subiu 0,4 pontos percentuais em junho e a taxa líquida de ocupação-quarto (65,1%) aumentou 0,3 pontos.
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 89,5 euros (+5,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 137,4 euros (+4,9%).
O Algarve foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos do setor (29,0% dos proveitos totais e 28,2% dos proveitos de aposento), seguida da Grande Lisboa (27,4% e 28,9%, respetivamente) e do Norte (15,9% e 16,1%, pela mesma ordem).
Os maiores aumentos de proveitos ocorreram na Madeira (+17,7% nos proveitos totais e +20,0% nos de aposento) e no Norte (+12,2% e +11,4%, pela mesma ordem), enquanto a Grande Lisboa apresentou os menores crescimentos (+1,1% nos proveitos totais e +1,2% nos relativos a aposento).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se em junho 3,4 milhões de hóspedes e 8,9 milhões de dormidas (+2,5% e +3,9%, respetivamente).
Lusa