O empresário Vítor Rosa foi encontrado morto na casa de banho do Hospital de Faro, depois de ter esperado várias horas para fazer análises. A família fala em negligência por parte do hospital.

O homem desmaiou três vezes em casa e, por essa razão, foi transportado para o Hospital de Faro, onde deu entrada antes das 14 horas. Os primeiros exames só começaram a ser feitos pelas 18h00.

Em entrevista ao CM, Carina Rosa explica que o pai «estava num estado muito débil e encostado a um corredor do hospital sem assistência». Durante as horas em que Vítor Rosa aguardou pelas primeiras análises, Carina e a mãe não conseguiram autorização para estar junto ao empresário. Depois, ambas quebraram as regras e entraram nos corredores da Urgência. Em seguida, ausentaram-se durante 40 minutos e, quando voltaram, por volta das 22 horas, a maca estava vazia.

A mulher de Vítor Rosa entrou em pânico e, em seguida, o homem foi encontrado inanimado na casa de banho. Foram feitas tentativas de reanimação, mas sem sucesso. O empresário tinha 63 anos.

Segundo a filha, o óbito aconteceu devido a uma arritmia maligna. Segundo o Hospital, «o atendimento clínico foi efetuado dentro do tempo expectável para a prioridade atribuída». O empresário recebeu, inicialmente, uma pulseira amarela.

Vítor Rosa era um conhecido e notável empresário da região algarvia, sócio do Grupo First, que detém os estabelecimentos Zero, First Floor, Twice, 3points, Studio4, Quinta Adega, Six Dancing Club e Seven.

Recorde-se que o Hospital de Faro foi recentemente notícia pela troca de dois cadáveres, que levou à cremação indevida de um deles. Os membros do conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) anunciaram depois ter colocado os seus cargos «à disposição».

 

Por: Filipe Vilhena