Barlavento Algarvio não tem qualquer resposta em pediatria, pública ou privada
Que segurança para os algarvios e para os turistas?
 
  • Bloco de Partos encerrado até ao final do mês. As enfermeiras especialistas em saúde materno-obstétrica transformaram-se, no essencial, em “transferidoras” de mulheres grávidas para o hospital de Faro. Ou, como aconteceu, ontem, 19 de agosto, em assegurar um parto na ambulância.
  • O Barlavento Algarvio não tem, atualmente, qualquer resposta em pediatria de forma consistente. A contratação de médicos pediatras em prestação de serviços durante alguns dias e que permitiria, por exemplo, o funcionamento do bloco de partos, colide com a mobilização de obstetras para o hospital de Faro, tornando difícil perceber a opção gestionária. 
  • O encerramento destes serviços e a transferência de mulheres e crianças para o Hospital de Faro tem sobrecarregado aqueles serviços sem que as equipas de enfermagem sejam reforçadas, à exceção de duas enfermeiras especialistas que todos os dias se deslocam do Bloco de Partos de Portimão para o de Faro. 
  • No serviço de Obstetrícia do hospital de Faro saíram 8 enfermeiros sem que nenhum tenha sido substituído.   

A Ministra da Saúde assumiu publicamente que teria que ser revisto as respostas na área da Saúde Materno Infantil tendo em conta a falta de recursos humanos. 

 
Reafirmamos: não há falta de recursos humanos. O Governo e o Ministério da Saúde têm que optar entre valorizar as carreiras profissionais ou, ao invés, privar os cidadãos e, em concreto os algarvios do acesso a estes cuidados de saúde. E, em última análise, responsabilizar-se pelas centenas de KM que as mulheres e as crianças têm que fazer. 
 
O Algarve não é a área metropolitana de Lisboa ou do Porto onde, eventualmente, o encerramento de um ou dois serviços não determina exagerados desconfortos para as mulheres. O Algarve é uma região que ao longo dos anos tem vindo a ser esquecida pelos decisores políticos cuja “loucura” do desinvestimento nos coloca, hoje, perante o perigo do encerramento permanente daquele departamento no hospital de Portimão. 
 
Para discutir este e outros anúncios públicos sobre reorganização dos serviços de saúde no Algarve, foi pedida uma reunião à AMAL que continua sem responder.
 
Por: SEP