O povo está desolado
Por ver desgraça tamanha
Queima o verde e o seco
Rastolho e outro mato
Árvores grandes e
pequenas
Animais em agonia
Os seus bens são dizimados
Sofrimento sem esperança
Esperando um novo dia
Os bombeiros, homens valentes
A sua farda é uma esperança
Arriscam a própria vida
Com muita confiança
De mãos postas para o céu
Ouvem-se gritos de dor
chamam pelos bombeiros
outras ajudas também
O fogo consome tudo
Até aparecer alguém
Quem são os incendiários
Que na calada da noite
Utilizam armadilhas
Causando traumas profundos
Que destroem a natureza
Poucos são os apanhados
Para que sejam julgados
E que não sejam poupados
Convidam-se homens sabidos
Novas leis são aprovadas
Gabinetes e mais pareceres
Não passam de palhaçadas.
Pulseiras eletrónicas aplicadas
Para alguns reincidentes
Se não houver pulso forte
Eles mantêm-se presentes
Sofremos por tudo isto
Outras desgraças também
A vida é mesmo assim
Não depende de ninguém