As iniciativas passarão por uma visita guiada, pela deposição de coroa de flores na estátua na Praça do Infante, pela missa em sua honra na Igreja de Santa Maria e pela estreia, na página de Facebook do município, do segundo vídeo da série “Lagos – A Escultura na História da Cidade”, dedicado ao período dos Descobrimentos.
Filho de D. João I e de Filipa de Lencastre, Henrique, o Navegador, tinha o sonho de chegar a terras desconhecidas. Depois da conquista de Ceuta em 1415, ganhou confiança para enviar navegadores para explorar a costa ocidental de África e para se aventurar nas águas misteriosas do Atlântico. Esses feitos culminaram com Gil Eanes a dobrar o temível Cabo Bojador em 1434. A partir daí, a geografia do mundo mudou, dando início ao processo de globalização que hoje se conhece.
No período dos Descobrimentos, o Infante D. Henrique considerou que a vila de Lagos, povoação que foi capital do reino dos Algarves, tinha uma baía perfeita para a navegação, uma proximidade ideal com Marrocos e pescadores habituados às águas difíceis em mar alto. Foi em Lagos que fundou uma escola náutica onde cartógrafos, astrónomos e navegadores, oriundos de vários países, desenvolviam novas técnicas, desenhavam cartas náuticas e projetavam barcos mais velozes, dando assim origem ao período áureo dos Descobrimentos portugueses.
O Infante D. Henrique é homenageado anualmente a 13 de novembro, data da sua morte, através de várias iniciativas. Em 2021, o período da manhã será marcado pela estreia do segundo episódio de uma série de vídeos que o município está a divulgar na sua página de Facebook, “Lagos – A Escultura na História da Cidade”, sendo este alusivo aos Descobrimentos e ao papel do Infante neste período áureo da nossa História. Pelas 15h00, terá lugar a visita guiada “Memórias do Infante e dos Descobrimentos”, promovida pela autarquia, que em apenas dois dias esgotou as inscrições. Pelas 17h45, decorrerá uma pequena cerimónia de deposição de coroa de flores junto à estátua em sua honra, na Praça do Infante. Da autoria de Leopoldo de Almeida e inaugurada em 1960, esta é uma das obras de arte mais emblemáticas de Lagos, reconhecida em todo o país e até além-fronteiras como uma das imagens de marca da cidade. O dia de homenagens termina às 18h00 com uma missa em sua honra, na Igreja de Santa Maria.
Ao longo de todo o dia 13 de novembro, todos os equipamentos museológicos da cidade terão acesso gratuito, uma excelente oportunidade para visitar o renovado Museu de Lagos Dr. José Formosinho.