«Um sistema de Saúde que não cuida das crianças, não se pode designar como universal. O SNS está em constante colapso eminente no Algarve e apenas sobrevive com a dedicação e resiliência dos seus funcionários», começa o comunicado dos Núcleos Territoriais de Faro, Albufeira e Portimão da Iniciativa Liberal, que colocamos abaixo na íntegra:

«Os Núcleos Territoriais de Faro, Albufeira e Portimão da Iniciativa Liberal condenam de forma veemente, em comunicado de imprensa conjunto, o anunciado encerramento da Urgência Pediátrica no Hospital de Faro a partir das 21 horas do dia 7 de julho de 2022 e que se prolongará até domingo.

Após semanas de encerramentos de diversos serviços de Saúde nos hospitais do Algarve, assistimos hoje ao encerramento da Urgência Pediátrica do Hospital de Faro. O principal hospital da região algarvia, que serve mais de 438.000 algarvios, anunciou que não consegue assegurar os serviços por falta de recursos humanos. Um sistema de Saúde que não cuida das crianças, não se pode designar como universal.

Um problema que o Governo do PS afirmou ser, em parte, ocasional devido à existência de um conjunto de feriados a meio de junho de 2022 e que, o Primeiro-Ministro António Costa, indicou ser parcialmente resolvido na segunda-feira seguinte, revela-se um problema constante e de resolução complexa. O Partido Socialista, vencedor das eleições legislativas com maioria absoluta, afirmava em plena campanha que a sua grande prioridade para o Algarve era a Saúde, todavia após 6 meses, nada foi feito, nada aconteceu e no Algarve não há dia que passe em que não exista uma notícia sobre um encerramento de um serviço de Saúde.

A Iniciativa Liberal alerta há muito tempo que o SNS está em constante colapso eminente no Algarve e que apenas sobrevive com a dedicação e resiliência dos seus funcionários. É absolutamente essencial haver reformas profundas e estruturais que visem modernizar o SNS e capacitar um verdadeiro sistema universal de saúde que seja acessível a todos os algarvios. A reforma do SNS não pode ser um penso rápido e nem pode ser limitada por dogmas ideológicos que insistem em manter intocado um sistema antiquo e não adaptado à realidade. É fundamental valorizar os profissionais de Saúde consoante o seu mérito e capacitar as instituições com maior autonomia.

A população do Algarve merece muito mais do que um mero pedido de desculpas dos seus governantes e responsáveis institucionais. A emergência na Saúde no Algarve exige uma estratégia política funcional de curto, médio e longo prazo».