Os Núcleo Territoriais de Faro, Loulé, Silves, Albufeira e Portimão da Iniciativa Liberal afirmam que a visita do governo na próxima semana ao Algarve é o perfeito exemplo de um governo que se diz próximo, mas que vive encapsulado no seu mundo próprio e com receio de enfrentar a realidade e críticas dos algarvios.
A Iniciativa Liberal critica a realização do Conselho de Ministros no Algarve nos dias 1 e 2 de Março envolta em secretismo absoluto. Um governo que se diz próximo da população não se fecha em secretismo, pelo que é preciso averiguar a razão de tanto mistério.
Após 7 anos de desgoverno, o Algarve ficou alineado de qualquer investimento estrutural.
O governo do PS, que governa o país há 7 anos, não tem obra para inaugurar no Algarve e a visita limitar-se-á ao simbolismo e ao anúncio de planos e promessas futuras cuja concretização é duvidosa.
Os Núcleos Territoriais de Faro, Loulé, Silves, Albufeira e Portimão da Iniciativa Liberal questionam se a visita do governo ao Algarve servirá para lançar novas pedras basilares do Hospital Central do Algarve, da Estação de Dessalinização, de novos Polos Universitários, do transvase de água do Pomarão ou qualquer outra propaganda partidária que servirá para juntar às inúmeras promessas falhadas a respeito dos investimentos estruturais do Algarve.
A Iniciativa Liberal questiona se a razão do secretismo da visita ao Algarve do primeiro- ministro, e respetivo governo, não estará certamente relacionada com o receio de manifestações e demonstrações de desagrado de diversos quadrantes da sociedade algarvia. Seria de facto curioso, se para fugir dos protestos na Bolsa de Turismo de Lisboa anunciados pelo sector do Alojamento Local, o governo enfrentasse protestos na região turística por excelência de Portugal.
Após 7 anos de governo e em linha com o restante território nacional, a crise estrutural que afecta os principais sectores da sociedade algarvia, seja a Saúde, a
Educação, a Justiça ou a Habitação. Acresce que no caso particular do Algarve, as mais recentes decisões relacionadas com o Alojamento Local comprometem a subsistência de milhares de proprietários e largas dezenas de milhares de famílias que dependem
directa ou indirectamente do sector.
O Alojamento Local é responsável por 19,7% das dormidas turísticas do Algarve, ou seja, um quinto das dormidas do sector estruturante da economia algarvia. Ao contrário de Lisboa e Porto, em que a importância do Turismo em termos económicos é residual, o Algarve, fruto da incapacidade dos sucessivos governos de diversificar a estrutura económica da região, depende integralmente do Turismo e regista um número de estabelecimentos de Alojamento Local superior à soma dos estabelecimentos de Lisboa e Porto, pelo que as decisões relacionadas com o sector não se limitam a meras notas de rodapé.
Após 7 anos de total afastamento do Algarve, o governo socialista que hoje se diz mais próximo, não tem correlação com a realidade. O governo socialista não conhece eignora a realidade do Algarve em prol de uma política populista e centralista, que demonstra bem o quão longe está dos Algarvios e como está cada vez mais próximo de se encapsular nos grandes centros urbanos do país.
