A JS Algarve felicita o Governo e a Administração Regional de Saúde pela decisão de acabar com o anterior modelo de gestão hospitalar na região e optar pela criação de um Centro Hospitalar Universitário que integrará a gestão dos Hospitais de Portimão e Faro, o Centro de Medicina e Reabilitação Física do Sul e um pólo de investigação na Universidade do Algarve, permitindo uma maior integração do Curso de Medicina na gestão da saúde na região.

A JS Algarve realça o facto de o novo modelo possibilitar a recuperação das valências perdidas pelo hospital de Portimão devido ao anterior modelo de gestão, que tanto penalizou a saúde pública na região e onde o Hospital de Portimão foi, nas palavras do novo Presidente da ARS, a infra-estrutura que mais perdeu com a fusão dos hospitais da região.

Para a JS Algarve é assim fundamental a mudança da estratégia que estava a ser levada a cabo pelo anterior governo, onde se verificou a vontade de desmantelar o Serviço Nacional de Saúde no Algarve, deixando os hospitais da região numa situação caótica e onde se registou uma degradação sem precedentes da qualidade dos serviços.

As políticas implementadas que representaram um custo elevado para a saúde dos algarvios, representarão também um custo elevado nas próximas décadas para a reposição dos níveis de dignidade e de resposta adequados às necessidades da região.

Desta forma, a JS Algarve relembra que fazer política com seriedade não é só fazer propostas quando se está na oposição e lamenta o silêncio ensurdecedor de algumas forças políticas da região sobre esta matéria durante os quatro anos de governo PSD/CDS e que escandalosamente tentam ficar indevidamente com o mérito sobre propostas lançadas em festas partidárias de verão somente em Agosto de 2016, muitos meses depois de o Partido Socialista e da Juventude Socialista as defender. A JS Algarve relembra os seguintes factos:

- A 12 de Dezembro de 2015, em congresso regional da Juventude Socialista onde é eleito Ricardo Calé como Presidente da estrutura, pode ler-se na moção levada a congresso e divulgado posteriormente nos vários órgãos reginais de comunicação: “neste mesmo Algarve, formam-se jovens nas mais diversas especialidades de saúde e é fundamental demonstrar que os nossos jovens, formados na nossa Universidade do Algarve, são parte da solução e estão dispostos a contribuir para que a saúde no Algarve atinja o nível de qualidade que os seus habitantes merecem”.

- A 15 de Dezembro de 2015, por iniciativa do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, a Comissão de Saúde da Assembleia da República desloca-se ao Algarve. Aquando desta visita o deputado do PS, Luís Graça refere “é necessário efetuar uma avaliação rigorosa sobre o que falhou e virar a página estabelecendo para a saúde no Algarve uma nova missão académica e assistencial promotora da colaboração e parceria entre os hospitais, centros de saúde e o curso de medicina da universidade do Algarve";

- A 11 de Março de 2016 ocorre a deslocação ao Algarve do Ministro da Ciência, Tecnologia  e Ensino Superior, Manuel Heitor e do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes onde apresentam o novo Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Algarve com o qual se reúnem, juntamente com o Reitor da Universidade do Algarve, com vista ao desenvolvimento do consórcio entre a Universidade e o Centro Hospitalar.

- Em 8 de Abril de 2016 é publicada a Portaria n.º 75/2016  onde se lê no Artigo 1.º: “É criado um consórcio entre o Centro Hospitalar do Algarve, E. P. E., e a Universidade do Algarve […] Que vai fortalecer as sinergias entre o Departamento de Ciências Biomédicas e Medicina e o Centro Hospitalar do Algarve, E. P. E.”

No entanto a JS Algarve congratula o facto de existirem Notas de Imprensa de outras juventudes partidárias sobre o tema, ainda para mais por estas felicitarem o novo presidente da ARS e o novo modelo de gestão implementado pelo governo PS.

A JS Algarve considera que não será fácil nem instantânea a recuperação da qualidade dos cuidados hospitalares na região, mas que este novo modelo abre as portas ao início de um processo de transição que tem condições para levar de novo a saúde a bom porto no Algarve.

 

Por: JS Algarve