Em comunicado, o presidente da estrutura, André Ribeiro, reprova o caminho seguido pela administração do presidente da Junta de Freguesia, Telmo Pinto: “Este executivo não está preparado para responder às necessidades dos jovens, e o próximo orçamento corrobora exatamente isso. É um orçamento de continuidade, sem qualquer brilho. O investimento é nulo, simplesmente não consta no documento. É fundamental a adoção de um plano estratégico para aqueles que serão o futuro da cidade”
E realça: “Quarteira não pode lançar a carta de que não há meios financeiros para esse efeito, temos o privilégio de isso não corresponder à verdade. É preciso investir na cultura, na educação, na conscientização ambiental e na participação política. A JSD Quarteira irá lutar nesse sentido.”
Num momento em que a temática da habitação está acesa, o presidente do núcleo relembra: “É uma das principais preocupações dos jovens. A crise habitacional constitui um enorme entrave para um jovem que ambicione iniciar a sua transição para a vida adulta.Está-nos a ser negado um direito. São necessárias respostas rápidas, mas, acima de tudo, que realmente tenham repercussões." - e deixa críticas ao executivo camarário - "Os municípios têm o dever de reduzir os obstáculos no acesso à habitação. E, nesse sentido, o atual executivo da Câmara Municipal de Loulé tem falhado com os jovens. Isenções fiscais, programas de habitação jovem, são caminhos que podem ser tomados e que, infelizmente, não se verificam.”
De uma maneira concisa, João Bernardo, secretário-geral da JSD Quarteira, ilustra o assunto abordado da seguinte maneira: “O problema existente no acesso à habitação pelos jovens pode ser encarado em dois diferentes momentos: (1) a carga fiscal limitadora impede a construção de novos fogos habitacionais que sejam acessíveis aos que ingressaram recentemente no mercado de trabalho e (2) as dificuldades financeiras que os atuais jovens enfrentam durante a aquisição de um lugar para viver.” Refere também: “Embora alguns dos fatores responsabilizados pelo agravamento destes problemas tenham origem em razões macroeconómicas, afetando a totalidade do nosso país e de outros países ocidentais, o nosso executivo camarário tem condições suficientes para conseguir aliviar ambas estas situações no seu concelho.”
“Em primeiro lugar, deve “reduzir a fasquia” do custo de construção habitacional, que facilite os pequenos empresários imobiliários a investir em habitação que origine preços justos para a população em geral; caso os preços de construção sejam elevados (relembrando que os impostos constituem uma grande fatia do seu custo de produção, chegando a atingir os 40%), os únicos investidores capazes de iniciar um projeto serão aqueles que, investindo grandes quantidades de capital, procurarão um alto retorno financeiro, que refletir-se-á nos preços dessa mesma construção. “
“Em segundo lugar, a JSD Quarteira promove a proposta apresentada pela Juventude Social Democrata que consiste na isenção do IMT e do Imposto de Selo na compra da primeira casa até aos 250 mil euros.
O valor referido deve ser encarado como uma quantia que ronda os valores de uma habitação justa, merecendo ser financeiramente apoiada pela Câmara Municipal de Loulé, e não como uma aquisição de luxo que mereça ser incongruentemente taxada, negligenciando a diferença em que este “simples” valor monetário encaminhado para os cofres da Câmara teria sobre um jovem durante o início da sua autonomia.”
“A JSD Quarteira mostra-se presente para ouvir os problemas dos jovens que pertençam à sua freguesia e ao seu concelho, discutir as suas inúmeras maneiras de resolução e apresentar propostas eficazes aos órgãos governativos da sua freguesia e do seu município”, finaliza.
Por: João Bernardo, secretário-geral da JSD Quarteira