Taxa de juro na construção e imobiliário desceu no início de 2025 para 4,25%, revela BdP. Mas é das mais altas entre empresas.

As empresas portuguesas também estão a sentir um alívio dos juros à medida que recuam as taxas Euribor. Mas há atividades económicas onde as taxas de juro são mais elevadas do que noutras. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) revelam que os bancos continuam a cobrar juros mais altos nos créditos às empresas de construção e de imobiliário face a outros setores, como a indústria e o comércio.

As estatísticas mais recentes do BdP sobre as novas operações bancárias de empréstimos a empresas portuguesas revelam, desde logo, que as taxas de juro têm vindo a cair desde o final de 2023, tendo-se fixado em torno de 4% no primeiro trimestre de 2025.

Esta tendência foi visível no setor da construção e atividades imobiliárias, uma vez que no início de 2025 a taxa de juro acordada anualizada (TAA) foi de 4,25%, um valor 25 pontos percentuais inferior ao registado no trimestre anterior (4,5%). De notar que, um ano antes, esta taxa estava em 5,65%.

Mas, quando comparado com os outros setores de atividade, salta à vista que o setor da construção e imobiliário continua a pagar mais juros à banca no primeiro trimestre de 2025:

  • Indústrias, eletricidade, gás e água: taxa foi de 3,98%;
  • Comércio, transportes e alojamento: a taxa foi de 4,18%;
  • Sedes sociais: a taxa foi de 4,12%. 

Só mesmo o setor “outras atividades” é que apresentou juros mais elevados que a construção e imobiliário neste período (4,32%), revelam os dados do BdP publicados esta segunda-feira, dia 9 de junho.

E a verdade é que a construção e imobiliário nem é dos setores que pede mais dinheiro à banca, tendo solicitado 15,8 mil milhões de euros no início deste ano, um valor inferior ao registado no comércio (24,2 mil milhões) e nas indústrias (17,5 mil milhões de euros).

O setor da construção e atividades imobiliárias também apresentou menos devedores no arranque deste ano (um total de 42,6 mil) do que o comércio (92,6 mil devedores) e que as outras atividades (67,4 mil devedores). Mas apresentou mais que a indústria (26,4 mil devedores).

 

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