“Este ano comemoram-se os 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974, aquela madrugada que devolveu ao País a esperança e ao Povo o poder de construir o futuro.
Recordando que o Programa do Movimento das Forças Armadas preconizava, entre outras, como uma das suas medidas imediatas “Medidas que conduzam ao combate eficaz contra a corrupção e especulação”.
E como medidas a curto prazo:
“Uma nova política económica, posta ao serviço do povo Português, em particular das camadas da população até agora mais desfavorecidas, tendo como preocupação imediata a luta contra a inflação e a alta excessiva do custo de vida, o que necessariamente implicará uma estratégia antimonopolista;
Uma nova política social que, em todos os domínios, terá essencialmente como objetivo a defesa dos interesses das classes trabalhadoras e o aumento progressivo, mas acelerado, da qualidade da vida de todos os Portugueses.
O Governo Provisório orientar-se-á em matéria de política externa pelos princípios da independência e da igualdade entre os Estados, da não ingerência nos assuntos internos dos outros países e da defesa da paz, alargando e diversificando relações internacionais com base na amizade e cooperação”.
Cumpriu-se no dia 25 de Abril de 2021, 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 e no 1.º de Maio cumprir-se-á os 131 anos do Dia Internacional dos Trabalhadores.
Celebramos os 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 e também esse imorredoiro processo revolucionário que projetou a liberdade, democracia, justiça social, paz e soberania, para os trabalhadores e o povo português, que viram realizados os seus direitos, as suas aspirações, as conquistas e as profundas transformações e mudanças que protagonizaram, num tempo de viragem e rutura com a ditadura fascista, a opressão e o colonialismo.
Saudar os 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 passa forçosamente, pelos trabalhadores, pelo povo português, pela declaração de um inextinguível reconhecimento aos militares de Abril que devolveram a dignidade e a liberdade ao povo, e o direito a decidir o seu futuro.
As forças conservadoras e retrógradas, políticas e sociais, os grandes interesses económicos e financeiros, os grandes senhores da terra, nunca se conformaram com o 25 de Abril e viram o seu projeto libertador e emancipador como um obstáculo à reposição e afirmação dos seus interesses e do seu poder perdido.
Saudar e comemorar os 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 é fazer refletir de forma efetiva a construção de um Portugal com futuro, livre, democrático e desenvolvido.
Depois do 25 de Abril de 1974, o 1.º de Maio - Dia Internacional do Trabalhador - pôde voltar a ser comemorado livremente, com o fim do regime fascista que reprimia a sua celebração.
Assinalar o 1.º de Maio significa valorizar e dignificar a luta de todos os trabalhadores em geral e, especialmente, dos trabalhadores portugueses e das suas organizações representativas, pelo direito ao trabalho, por um trabalho com direitos, contra a precariedade e exploração e por melhores condições de vida.
Assinalar o 25 de Abril e o 1.º de Maio é intensificar a luta pelo desenvolvimento ambiental, social e económico, pelo reforço das funções sociais do Estado, pela defesa dos serviços públicos e dos direitos dos trabalhadores e das suas famílias, pela valorização e efetivação das conquistas de Abril e pela soberania nacional.
Assim, a Assembleia de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, na sua reunião de 28 de abril de 2021 delibera saudar os 47 anos da Revolução de 25 de Abril de 1974 e os 131 anos do Dia Internacional dos Trabalhadores pela sua atualidade e estreita identificação com as mais profundas aspirações dos trabalhadores e do povo português que nos ideais de Abril depositam a esperança e a confiança de poder realizar o seu projeto de uma sociedade melhor, mais justa e mais fraterna e ainda:
1 - Saudar todos os homens e mulheres que lutaram contra o regime fascista, que construíram o 25 de Abril e todos os que continuam a lutar e a defender a concretização dos valores de Abril.
2 - Saudar todas as trabalhadoras e trabalhadores que lutam por melhores condições de vida e que contribuem com o seu esforço, empenho e dedicação para o desenvolvimento do País e no combate à pandemia.
3 - Dar conhecimento desta deliberação aos órgãos da comunicação social.
