Foi conhecido no relatório do Departamento de Cirurgia relativo a 2016 que se registou um aumento de 77 por cento da transferência de doentes para hospitais privados, o que determinou mais de 35 por cento de cirurgias feitas por privados e um pagamento de 5,5 milhões de euros a essas instituições quando o previsto era de 4 milhões.
A este respeito, Cristóvão Norte afirma que, tal como é público e foi reconhecido pelos responsáveis, " se regista uma degradação dos principais indicadores de oferta assistencial no Centro Hospitalar do Algarve. A saúde está a afastar-se dos algarvios, e quando não são cumpridos os objetivos - como se verificou em 2016 - isso tem implicações negativas no financiamento que o Governo transfere apara a instituição. Ora, com menor financiamento, é provável que a oferta assistencial persista neste caminho de degradação e os privados beneficiam largamente da insuficiência de recursos humanos e da incapacidade de produção cirúrgica ." Por outro lado, em face da quebra de 17,6 por cento e 2,6 de cirurgias urgentes, em Portimão e Faro, respectivamente, o deputado refere que " as cirurgias urgentes são as mais delicadas e quando não são realizadas atempadamente envolvem muitas vezes risco de vida ou, pelo menos, sequelas muitas vezes inultrapassáveis. É preciso alterar a situação, que tem muitos aspetos crónicos, e esperamos que o Governo adote as medidas necessárias”.
José Carlos Barros, por seu lado, tratou da questão do Centro de Medicina Física de Reabilitação de São Brás de Alportel, dando nota dos incumprimentos sucessivos do Governo, o qual por três ocasiões tinha assumido que teria uma solução em 2016, afirmando que “ a importância da solução a adotar compreender a especificidade do Centro, a sua necessidade de autonomia e que o mesmo não seja colocado numa situação de dependência de referenciação externa (…) para que continue a prestar serviços de saúde de excelência aos utentes do Algarve e Baixo Alentejo”. O deputado assinalou, tal como tem sido público, que a situação da instituição se degradou em 2016.
O Ministro reconheceu como verdadeiras as afirmações dos deputados e manifestou intenção de tomar medidas. O PSD aguarda, mas não pode deixar de notar que 2016 foi o pior dos últimos 10 anos na prestação de cuidados hospitalares no Algarve e lembra que nos próximos dia 20 e 21 terá lugar uma visita da Comissão de Saúde ao Algarve, a qual resultou de uma iniciativa do PSD.
Por: PSD Algarve