Vai sentir-se a partir de agora um «forte agravamento da crise habitacional», alerta Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII.
A proposta de redução do IVA na construção para a habitação de 23% para 6% foi chumbada no Parlamento com os votos contra do PS, PCP, BE e Livre e abstenção do Chega e PAN. Uma decisão que vai agravar ainda mais a crise na habitação que se vive em Portugal, alerta a Associação de Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII). 
“Esta decisão compromete gravemente todos os esforços realizados até agora para combater a crise do acesso à habitação em Portugal e vai anular todas as medidas anteriormente anunciadas pelo Governo para esta prioridade nacional”, refere em comunicado a APPII. 
Para a associação não há dúvidas: “Enquanto não houver coragem política para efetivar uma redução da taxa do IVA na construção de habitação, os portugueses vão continuar sem ter uma casa que possam pagar”. 
Citado na nota, Hugo Santos Ferreira, presidente da APPII, considera que o chumbo da “medida revela uma enorme falta de sentido de estado da oposição”, podendo agora os portugueses “culpar” os partidos da oposição “pelo forte agravamento da crise habitacional que vão sentir a partir de agora”.
“Depois de todas as medidas erradas que o PS e [partidos de] esquerda, ideologicamente, foram criando nos últimos anos, que só resultaram no aumento dos preços e na diminuição do número de fogos construídos, a verdade é também que todas as medidas que o atual Governo tem vindo a implementar de nada servirão se não existir uma medida estrutural como a baixa do IVA para impactar o mercado”, acrescenta. 
A APPII lembra, de resto, que a redução do IVA na construção é uma medida adotada noutros países europeus para “impulsionar a atividade económica e assegurar habitação digna a preços acessíveis". “Com os custos de construção a atingir valores históricos e o mercado habitacional sob intensa pressão, a manutenção de uma taxa elevada de IVA prejudica gravemente o equilíbrio financeiro dos projetos habitacionais e agrava a crise de acessibilidade à habitação”, conclui.
 
 
Idealista News