A Vilamoura World (VW), detida por fundos da Lone Star (dona do Novo Banco), tem vários projetos em cima da mesa para Vilamoura, no Algarve, sendo a construção da «polémica» Cidade Lacustre um deles.
Trata-se de um projeto que está suspenso há vários anos e que assim deve continuar, já que o empreendimento não cumpriu os requisitos ambientais.
Em causa está um investimento de mais de 600 milhões de euros.
O megaprojeto turístico conhecido por Cidade Lacustre continua a não ter luz verde para avançar.
Depois da Câmara Municipal de Loulé ter chumbado o empreendimento planeado para Vilamoura por questões ambientais, foi agora a vez da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR-Algarve) emitir um parecer desfavorável ao projeto de loteamento e urbanização da Cidade Lacustre, escreve o Jornal de Negócios, adiantando que a VW vai reformular o projeto.
Trata-se de um projeto que se tem vindo a arrastar com o passar dos anos, tendo ganho nova vida em 2015, com a aquisição do empreendimento por parte da Lone Star à Lusort. O Vilamoura Lakes era para ter substituído a Cidade Lacustre, conforme noticiámos, mas tal não veio a acontecer, tendo a Cidade Lacustre acabado por ser uma versão melhorada do Vilamoura Lakes, conforme revelou Rob Jenner, CEO da VW.
O megaprojeto turístico prevê a construção de mil casas, entre moradias e apartamentos, e 2.400 camas turísticas, tudo distribuído por 195.000 metros quadrados (m2). Tudo isto num investimento de cerca de 650 milhões de euros.
Mas o projeto volta a ter agora um travão, após ser conhecida a declaração de impacto ambiental da CCDR-Algarve.
Segundo a mesma, os impactos do projeto de loteamento e obras de urbanização da Cidade Lacustre sobre a biodiversidade e a paisagem da região levam a concluir que o mesmo «não reúne condições para ser viabilizado».
De fora da decisão fica uma segunda componente do projeto, que prevê a construção de lagos e canais, para a qual a CCDR-Algarve ainda não emitiu parecer, escreve a publicação.
Vilamoura World não baixa os braços
Fonte oficial da VW adiantou, no entanto, que não vai desistir do projeto.
Irá assumir, isso sim, «a sua reformulação em colaboração» com as entidades envolvidas.
A empresa garantiu, de resto, que tem a «firme intenção» de «tornar o projeto ambientalmente sustentável, reduzindo significativamente a densidade de construção e alterando profundamente a configuração e natureza dos lagos anteriormente propostos».
O novo projeto, conta a VW, vai incluir “a redução da densidade de construção, espelhos de água doce, a preservação e ampliação do parque natural e uma nova configuração das acessibilidades”.
Por: Idealista
