Numa curta intervenção no plenário, José Mendes Bota agradeceu aos deputados e funcionários parlamentares, especialmente à socialista Maria de Belém, que o "incentivou a abraçar" os temas da violência doméstica e de género, à presidente do Parlamento, Assunção Esteves, e aos ex-presidentes João Mota Amaral e Jaime Gama.
"Foi com grande prazer que servi o meu país nesta casa", afirmou o histórico dirigente do PSD/Algarve e também antigo presidente da Câmara Municipal de Loulé, que defendeu "mais condições de trabalho para os deputados".
O deputado do PSD recebeu aplausos de pé das bancadas da maioria e elogios de todos os partidos com assento parlamentar e da presidente da Assembleia da República.
O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, destacou o seu percurso de "trabalho, competência e dedicação" que "enobrece o Parlamento e a política".
Por seu lado, o centrista Hélder Amaral lembrou o tratamento "de igual para igual" que Mendes Bota utilizava com os outros deputados e "a paixão" com que desempenhava as suas funções, "nas lides nacionais como nas suas lides regionais".
Da bancada do PS, o líder parlamentar, Eduardo Ferro Rodrigues, disse esperar que o social-democrata encare as suas novas funções com "a dedicação e o mesmo entusiasmo" com que esteve no Parlamento, apontando-o como "um defensor da democracia representativa" e "do Estado de Direito".
O deputado comunista e vice-presidente da Assembleia da República, António Filipe, desejou a Mendes Bota "as maiores felicidades pessoais" e assinalou a "atividade parlamentar muito relevante" que desempenhou.
Já o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, afirmou que "a política não se esgota na entrada ou na saída" do Parlamento e exortou o social-democrata a continuar "a defesa acérrima das suas ideias".
"Apesar das distâncias ideológicas, foi sempre uma pessoa cordial e simpática, felicidades", afirmou por outro lado o deputado do PEV José Luís Ferreira.
No final do plenário, José Mendes Bota, adiantou à Lusa que iniciará funções no gabinete de Carlos Moedas, em Bruxelas, na próxima segunda-feira e que "ao fim de 24 anos já era tempo", porque "este é um convite que não se repete daqui a um ano ou daqui a dois".
O deputado cessante não quis entrar em detalhes sobre as suas novas funções, mas disse "gostar de Bruxelas" e considerou que "trabalhar com o engenheiro Carlos Moedas" será "um desafio interessante".
José Mendes Bota chegou ao Parlamento em 1991, e era atualmente presidente da Comissão de Ética, Cidadania e Comunicação, tendo sido, entre outras funções, eurodeputado e presidente da Câmara de Loulé.
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