A recuperação do ecossistema do turismo na União Europeia passa, segundo os ministros responsáveis, pela transição verde e digital, mas também educação e formação.

Os ministros do Turismo da União Europeia (UE) reuniram-se, soba a presidência atual da Eslovénia, para discutir as principais ações para preparar um conjunto concreto de medidas para a recuperação do ecossistema do turismo. Estas medidas irão, refere o comunicado final, facilitar o “caminho de transição para a recuperação”, com foco na promoção da transição verde e digital do ecossistema do turismo.

A reunião, presidida pelo ministro do Desenvolvimento Económico e Tecnologia, Zdravko Počivalšek, abriu com a afirmação de que a União Europeia conseguiu tomar as primeiras medidas de emergência em 2020 e 2021 para ajudar a indústria do turismo na sequência da pandemia da COVID- 19. “Isso ajudou o ecossistema do turismo a superar o primeiro choque. No entanto, é fundamental que essas medidas de curto prazo sejam seguidas por outras de longo prazo”, enfatizou Počivalšek.

“O ecossistema do turismo precisa ser transformado de uma forma que o torne mais resiliente, sustentável e pronto para os novos desafios do mercado e para a mudança dos padrões de comportamento dos consumidores do turismo”, salientou o ministro esloveno.

No encontro, no qual participou a secretária de Estado do Turismo de Portugal, Rita Marques, os ministros concordaram que a recuperação do turismo deve estar no centro da transição verde e digital e que “precisamos construir um ecossistema de turismo sustentável e resiliente”.

Neste contexto, sublinharam a necessidade de “reforçar a resiliência das empresas e da indústria europeias”, também à luz de futuras crises. Além disso, chamaram a atenção para a “necessidade de restaurar as viagens turísticas seguras” e de reconstruir a confiança do consumidor. Recordaram a importância de “um mercado único aberto e em bom funcionamento que garanta rotas de transporte abertas” e sublinharam a importância de “financiar a recuperação do setor do turismo”.

Além disso, os responsáveis pela pasta do turismo dos vários Estados-Membros destacaram ainda a importância da “educação e formação”, bem como a necessidade de re-skilling e up-skilling do ecossistema do turismo. Isto é importante para garantir que as pessoas tenham as habilitações certas para enfrentar os desafios da digitalização e da transição verde.

Uma parte importante da recuperação e da transição dupla é o fornecimento de dados comuns para partilha. “A inovação para o ecossistema do turismo precisa ser fortalecida e os processos de negócios precisam ser acelerados”, referiram os ministros, apelando, ainda, a que sejam tidas em consideração as “diferenças de desenvolvimento entre os Estados-Membros e as regiões da UE”, uma vez que as regiões remotas e insulares são um tipo específico de região que também requerem “soluções sustentáveis e digitais”. Os ministros também apelaram ao envolvimento de todas as partes interessadas no processo de recuperação a todos os níveis ao enfatizar a importância da “partilha das melhores práticas e a necessidade de garantir tempo suficiente para preparar as medidas de recuperação”.

Os ministros concordaram que o caminho de transição fornece uma boa base para a preparação da Agenda Europeia do Turismo 2030–2050. Em conclusão, o ministro presidente da reunião afirmou ser “essencial que a UE também embarque na dupla transição, se pretendemos manter a competitividade global da Europa e ser o destino turístico número um do mundo”.

 

Por: Publituris