Em declarações aos jornalistas após a assinatura do protocolo do Gabinete de Inserção Profissional de Faro da UGT, Mota Soares disse que a descida da taxa de desemprego para 11,9% no segundo trimestre é uma “boa notícia”, em primeiro lugar, porque “há mais 226 mil postos de trabalho do que no início de 2013, que foi o pico da crise”.
O ministro frisou ainda que “Portugal deu a volta” e tem agora uma taxa de desemprego inferior à de 2011, ou seja, uma taxa “que pela primeira vez está muito próxima da taxa de desemprego da média [da zona] euro”.
“A tendência de desemprego é uma tendência de descida, isso é francamente positivo. Sabemos que é com mais confiança que temos mais investimento, com mais investimento que temos mais economia e com mais economia que temos mais emprego”, afirmou Mota Soares.
Sobre as declarações da Comissão de Trabalhadores do Instituto Nacional de Estatística (INE), que esta semana disse estar a haver “aproveitamento político” dos dados sobre desemprego, Pedro Mota Soares afirmou compreender a crítica.
“No último mês em que foram conhecidos dados, o desemprego desceu em Portugal. Tivemos a oposição durante um mês a dizer que o desemprego tinha subido em Portugal. Por isso mesmo compreendo essa crítica dos trabalhadores do INE. Eu não entro nas guerras de números, é uma questão de respeito por quem ainda está numa situação de desemprego”, declarou o governante.
A taxa de desemprego fixou-se nos 11,9% de abril a junho, menos 1,8 pontos percentuais do que no trimestre anterior e 2,0 pontos percentuais abaixo do trimestre homólogo de 2014, segundo estimativas hoje divulgadas pelo INE.
No primeiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego tinha registado um aumento trimestral de 0,2 pontos percentuais (p.p.).
No segundo trimestre deste ano, o INE aponta para uma diminuição trimestral de 13% e uma diminuição homóloga de 14,9% da população desempregada (menos 92,5 mil e menos 108,5 mil pessoas, respetivamente), para um total de 620,4 mil pessoas.
Por Lusa