O português Miguel Oliveira (Yamaha) foi ontem homenageado antes da sua última corrida no Grande Prémio de Portugal de MotoGP, em Portimão, onde o público luso aclamou muito o «falcão» em jeito de agradecimento.

Antes de rumar ao campeonato de Superbikes em 2026, o piloto de Almada recebeu uma forte ovação por parte dos fãs e dos pilotos na reta da meta do Autódromo Internacional do Algarve, palco desta 21.ª e penúltima ronda da temporada da categoria ‘rainha’ do motociclismo de velocidade.

O 'falcão' disputa a sua sétima temporada no MotoGP, tendo já prevista a passagem para o Mundial de Superbikes (de motas derivadas de série) a partir de 2026, com a BMW, e contou com a presença da mulher e da filha no ‘gride’ para o saudarem e lhe entregarem a bandeira nacional portuguesa.

A cerimónia começou com a descida de vários paraquedistas, que envergaram a bandeira lusa, abrindo caminho para a entrada na pista de uma enorme Caravela Portuguesa.

O piloto luso partiu do 19.º lugar da grelha de partida, ao ter falhado no sábado a passagem à segunda fase da qualificação, enquanto o italiano Marco Bezzecchi (Aprilia) largou da pole position.

Oliveira já leva 116 corridas disputadas em MotoGP, contando cinco triunfos (Estíria, Algarve, Catalunha, Indonésia e Tailândia), sete pódios e uma pole position, precisamente no ano da vitória em Portimão, em 2020.

 


 

MotoGP/Portugal: Marco Bezzecchi vence em Portimão e Oliveira é 14.º

 

O piloto italiano Marco Bezzecchi (Aprilia) venceu ontem o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, penúltima ronda da temporada, em que Miguel Oliveira (Yamaha) se despediu do público português com um 14.º lugar.

Na 21.ª prova do Mundial, Bezzecchi conseguiu uma vitória ‘à Oliveira’, imitando aquilo que o português fez no Autódromo Internacional do Algarve (AIA) em 2020, liderando desde a partida até terminar com 2,853 segundos de vantagem sobre o espanhol Alex Márquez (Ducati), segundo, e 3,188 sobre o também espanhol Pedro Acosta (KTM), terceiro.

O espanhol Marc Márquez (Ducati), ausente desta prova por lesão, que já era campeão desde o Japão, tem agora 100 pontos de vantagem sobre o irmão Alex, que é segundo, com Marco Bezzecchi a ficar a dois pontos de garantir o terceiro lugar do campeonato.

 


 

MotoGP/Portugal: Bezzecchi estreia-se a vencer em Portimão e faz história

 

O piloto italiano Marco Bezzecchi (Aprilia) estreou-se ontem a vencer o Grande Prémio de Portugal de MotoGP, 21.ª das 22 rondas da temporada, em que o português Miguel Oliveira (Yamaha) foi 14.º.

Bezzecchi, que nunca tinha vencido em Portugal, terminou com 2,853 segundos de vantagem sobre o espanhol Alex Márquez (Ducati), segundo, e 3,188 face ao também espanhol Pedro Acosta (KTM), terceiro, enquanto Oliveira cruzou a meta a 31,621 segundos do vencedor, depois de ter arrancado da 19.ª posição.

Esta foi a segunda vitória da temporada para o piloto italiano, que já tinha vencido o GP da Grã-Bretanha, em Silverstone.

Foi, também, a primeira vez na história da competição que a Aprilia conseguiu três vitórias na mesma temporada - Raúl Fernández, da equipa satélite da Aprilia, a Trackhouse, venceu o GP da Austrália.

E desde 2020 que, em seis corridas consecutivas, não havia a vitória de seis pilotos diferentes: Marc Márquez venceu em San Marino, Francesco Bagnaia no Japão, Fermin Aldeguer na Indonésia, Raúl Fernández na Austrália, Alex Márquez na Malásia e, agora, Bezzecchi em Portugal.

O piloto italiano pareceu inspirar-se na vitória de Miguel Oliveira neste mesmo Autódromo Internacional do Algarve, em 2020, pois também arrancou da pole position disparado para a liderança isolada, que manteve ao longo das 25 voltas da corrida lusa.

Tal como na véspera, Alex Márquez e Pedro Acosta foram no seu encalço, mas, ao contrário do que aconteceu na corrida sprint de sábado, não conseguiram aproximar-se.

Oliveira, que partiu do 19.º lugar da grelha, ganhou uma posição no arranque, subindo a 18.º. Na curva cinco, junto à torre VIP, o italo-brasileiro Franco Morbidelli (Ducati) foi tocado pelo espanhol Pol Espargaró (KTM), que pareceu tocado pelo japonês Ai Ogura (Aprilia), e caiu, tornando-se no primeiro abandono da corrida, permitindo que Miguel Oliveira ascendesse ao 17.º posto.

O português viria a ganhar mais uma posição com os problemas mecânicos sofridos pelo espanhol Joan Mir (Honda), campeão de 2020, subindo ao 15.º ainda na segunda volta ao passar o italiano Niccolò Bulega (Ducati).

Na 11.ª volta, o antigo campeão Francesco Bagnaia (Ducati) caiu sozinho e permitiu a Miguel Oliveira subir ao 14.º posto, a 0,7 segundos do espanhol Alex Rins (Yamaha). Nessa altura, Bezzecchi já tinha 1,2 segundos de vantagem sobre Alex Márquez.

O italiano continuou a cavar diferenças para o resto do pelotão, chegando a ter 3,6 segundos de vantagem a cinco voltas do final. Miguel Oliveira foi pressionando Alex Rins, mas nunca conseguiu ultrapassar o companheiro de marca.

Até final, nota para o toque entre o espanhol Fermin Aldeguer (Ducati) em Brad Binder (KTM), que partiu a asa traseira da mota do sul-africano, a confirmar uma época de muitos incidentes para o piloto espanhol. De resto, foi ele que atirou com Miguel Oliveira para fora do GP da Argentina, segunda prova da temporada, numa ação que provocou a lesão no ombro direito do piloto português que o afastou por três corridas e influenciou a dispensa por parte da equipa Pramac Yamaha.

Oliveira despediu-se do MotoGP em Portugal com mais dois pontos somados, num campeonato que já está decidido a favor do espanhol Marc Márquez (Ducati) desde o GP do Japão.

Marc Márquez tem, agora, 100 pontos de vantagem sobre o irmão Alex, que tem 425, com Marco Bezzecchi em terceiro, com 323, ficando a apenas dois pontos de assegurar matematicamente o degrau mais baixo do pódio no campeonato.

Miguel Oliveira, que na próxima temporada vai correr em Superbikes, mantém o 20.º posto do campeonato, agora com 38 pontos.

O GP da Comunidade Valenciana, dentro de uma semana, encerra a temporada.

 

Lusa