Em novembro, o Cineteatro Louletano apresenta uma programação diversificada e vibrante, num cruzamento já habitual de linguagens artísticas. Somam-se coproduções e estreias que trazem ao público pensamento e novas criações contemporâneas.

A 2 de novembro, o Projeto ATOS, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II e da Fundação Calouste Gulbenkian, que tem estado a apoiar sete microprojectos em Loulé, apresenta publicamente as duas primeiras iniciativas em Alte: às 11h30, na Queda do Vigário, há conversa e piquenique. Chama-se àmonstra, e procura questionar a construção urbana abandonada naquele local, propondo rehabi(li)tar o espaço público de forma democrática.

No mesmo dia e também em Alte, mas às 15h00, apresenta-se uma exposição com conversa, intitulada Laboratório da Terra, um projeto artístico participativo dirigido aos residentes do interior de Loulé que promove a integração através da recolha de argilas e outros materiais, que serão depois utilizados como matéria de expressão artística.

No dia 3, às 18h00, o Projeto ATOS continua na Rua 5 de Outubro, em Loulé, com o percurso performativo participativo Lojas de Rua. A partir das recordações dos seus avós, donos de uma Boutique Infantil, Miguel Ponte conduz uma partilha de histórias do comércio tradicional, revivendo as biografias desses lugares.

A 4 de novembro, passamos ao cinema, com entrada gratuita. Às 10h00 (sessão para escolas), é exibido O Palácio de Cidadãos, de Rui Pires, um documentário sobre o funcionamento da Assembleia da República, seguido de conversa. Às 18h00, o documentário Arte Pedras Liberdade, de Caroline Bergeron e António-Pedro propõe uma reflexão sobre a experiência dos jovens espectadores de artes performativas em Portugal, também seguido de conversa.

No dia 5, às 21h00, celebra-se o Dia Mundial do Cinema, no Cineteatro Louletano, com A História de Souleymane, de Boris Lojkine. O filme acompanha o dia-a-dia de um estafeta de comida imigrante e as tensões da entrevista que decidirá a sua legalização (o filme é de entrada gratuita).

A 6 de novembro, às 18h30, o Palácio Gama Lobo acolhe um ensaio aberto da CO.125 (Companhia Nacional 125), da peça que estreará em fevereiro de 2026 - Se Os Peixes Falassem…, a partir do Sermão de Santo António aos Peixes.

Nos dias 6 (14h30, Escolas) e 7 (21h00, Público em geral), o Cineteatro Louletano apresenta Entre a Guerrilha e o Doce de Amêndoa, uma coprodução (apoiada pela Bolsa de Apoio ao Teatro) pela Folha de Medronho. A peça questiona a evolução social e as grandes questões da vida, através da figura regional algarvia do "Remexido".

A 8 de novembro, o Projeto ATOS apresenta em Querença, às 16h00, a criação coletiva Ponto a Ponto, onde mantas de lã em croché e estórias se cruzam e encontram, na Fundação Manuel Viegas Guerreiro. Mais tarde, às 21h00, no Cineteatro Louletano, o Algarve Music Series apresenta instrumentistas croatas, os Zagreb Soloists, num concerto que une o período galante, o classicismo tardio e o pré-romancismo, com obras de António Policarpi, Beethoven e Boccherini.

No dia 9, a programação complementa-se: às 10h00 e 11h30, no Auditório do Solar da Música Nova, a Companhia de Música Teatral apresenta PAPI OPUS 10, um espetáculo músico-teatral para famílias que festeja a liberdade. Às 17h00, no Cineteatro Louletano, a Associação Oncológica do Algarve organiza de novo a matiné solidária. Chama-se Dançar em Azul 3 e está inserida no Novembro Azul, para a consciencialização do cancro da próstata.

A 11 de novembro, às 21h00, o Auditório do Solar da Música Nova acolhe o Filme Francês do Mês com a comédia dramática Libre Garance (2022), de Lisa Diaz (entrada gratuita), ao passo que nos dias 12 (10h00) e 13 (10h00 e 14h30), a Companhia Caótica apresenta Tuiavii, para as escolas do 1.º e 2.º Ciclos. A peça é inspirada em “O Papalagui”, de Erich Scheurmann, e convida a olhar o mundo com outros olhos.

Nos dias 14 (15h00 escolas, 21h00 público em geral) e 15 (17h00 e 21h00), o Cineteatro Louletano recebe a coprodução Estar em Casa, pelo Teatro do Eléctrico. O espetáculo, que conta com Audiodescrição no dia 15, é baseado na obra homónima de Adília Lopes, e mergulha no universo da escritora, brincando com as palavras e as ideias.

A 15 de novembro, às 11h30, o Ciclo Crescendo regressa ao Auditório do Solar da Música Nova, numa coprodução com o Cineteatro que dá palco aos jovens alunos do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado (entrada gratuita).

E no dia seguinte, a 16, às 17h00, o Misty Fest traz ao Cineteatro Louletano a cantora e pianista suíça Yumi Ito. Referência na improvisação vocal, apresentará o seu quinto álbum Ysla, que transita entre art-pop, jazz e neoclássico.

A 18 de novembro, às 21h00, o Cineteatro Louletano acolhe o tradicional Concerto de Santa Cecília, com a apresentação de professores do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado, celebrando a padroeira dos músicos (entrada gratuita).

De 19 a 22 de novembro, o Som Riscado – Festival de Música e Imagem celebra a sua 10.ª edição em vários espaços, com uma programação "irreverente e multidisciplinar" que junta música, vídeo, workshops e instalações. Capicua e a estreia nacional de um projeto do guitarrista Manuel de Oliveira são duas das propostas já confirmadas. O festival contará com Audiodescrição e Língua Gestual Portuguesa.

No dia 23, às 10h00 e 11h30, os Concertos para Bebés (0-36 meses) regressam ao Auditório do Solar da Música Nova com Irmãs Tecidas de Cordas Colorida. O espetáculo é da companhia Musicalmente, apresentando a Harpa e a Teorba como instrumentos principais.

Nos dias 26 (10h30, escolas) e 27 (21h00, público em geral), o Lobby Teatro apresenta a coprodução multidisciplinar O Filme que a Dixney Nunca Fez, uma história que subverte os contos de fadas tradicionais. Basta dizer que, quando o espetáculo começa, a personagem principal ainda não tem nome, nem sabe para onde ir. Mas depois, a pouco e pouco, a narrativa vai ao lugar, apesar das personagens pouco convencionais.

A 28 de novembro, às 21h00, sobe ao palco Gota de Esperança, pela Arte de Viver - Grupo de Teatro Associação Amigos do Alentejo. A peça, apoiada pela Bolsa de Apoio ao Teatro, acompanha a história de duas famílias marcadas pelo vício, com um olhar sensível e bem-humorado.

No dia 29, às 09h45, o Projeto ATOS promove o encontro Aldeia-Também, pela AORCA, na sede da Mákina de Cena, em Loulé. À semelhança dos outros projetos do ATOS, esta é uma iniciativa de práticas artísticas participativas, mas questiona as relações entre maternidade e criação.

A fechar o mês, de 29 de novembro a 1 de dezembro, a Mákina de Cena apresenta a 5.ª Edição do Festival Contrapeso. Sob o tema Arte e Academia, o festival centrar-se-á em criadores com percurso ativo no Ensino Superior, conjugando espetáculos de teatro, jazz, masterclasses e conversas e um colóquio de dois dias, na Universidade do Algarve.

Com uma programação de referência (que pode consultar no site e nas redes sociais do Cineteatro), o CTL está credenciado pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, integrando ainda a Rede de Teatros com Programação Acessível e proporcionando espetáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa para Surdos (com “S” maiúsculo são falantes de Língua Gestual Portuguesa), outros com Audiodescrição, para pessoas cegas ou com deficiência visual, legendagem e ainda Sessões Descontraídas adaptadas a vários públicos, entre eles pessoas neurodivergentes.

O CTL é uma estrutura cultural da Câmara Municipal de Loulé no domínio das artes performativas, e um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.