As novas medidas aprovadas pelo Ministério da Saúde permitem criar as condições necessárias para a fixação de mais médicos na Região do Algarve e assim reforçar a acessibilidade à prestação de cuidados de saúde à população algarvia.

O Algarve, com cerca de 32% da população sem médico de família atribuído, é uma das regiões do país com maior dificuldade em captar o número suficiente de médicos das diversas especialidades, designadamente, de medicina geral e familiar.

 

A aprovação do diploma pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Finanças, que estabelece os novos critérios de incentivos para a classe médica em zonas geográficas carenciadas, como é o caso do Algarve, vai tornar a Região mais atrativa para os médicos exercerem a sua atividade profissional.

 

O novo regime de incentivos, aliado a outras medidas complementares já aprovadas pelo Ministério da Saúde, nomeadamente, a prorrogação do regime excecional de contratação de médicos aposentados por mais três anos, e o novo regulamento de mobilidade a tempo parcial dos médicos entre serviços e estabelecimentos do SNS, com a atualização dos valores de ajudas de custo, vão, de acordo com as necessidades específicas da Região, facilitar a contratação de mais profissionais e desta forma atenuar a crónica carência de médicos.

 

Neste âmbito, a ARS Algarve IP, em articulação com os três Agrupamentos de Centros de Saúde da Região (ACES Barlavento, ACES Central e ACES Sotavento), ao longo dos últimos anos, tem implementado um conjunto de iniciativas para fazer face a este problema de recursos humanos, quer através da abertura de concursos, quer através da reorganização dos serviços, assegurando que todos os utentes tenham acesso a cuidados de saúde sempre que necessitem. Das quais se destacam:

 

Ø  Em janeiro, iniciaram formação na Região 145 médicos internos (28 de diversas especialidades hospitalares, 22 de Medicina Geral e Familiar, 2 de Saúde Pública e 93 médicos internos do Ano Comum);

Ø  Celebração/Prorrogação de contratos com 17 profissionais de saúde (incluindo médicos aposentados);

Ø  Alargamento dos horários dos profissionais médicos para as 40 horas semanais, o que permitiu dar médico de família a cerca de mais de 7.000 utentes;

Ø  Os cuidados primários de saúde foram reforçados com 15 médicos cubanos, que permitiram para dar médico de família a mais 28 500 utentes da região.

 

Estas medidas comprovam, mais uma vez, a especial atenção que a Região do Algarve tem merecido, numa clara aposta no reforço dos cuidados de saúde, o que tem permitido consolidar uma estratégia sustentada para dotar a Região com os meios humanos e físicos adequados a sua população.

 

Por ARS Algarve