Bancos concederam 1.275 milhões em novo crédito habitação em fevereiro, e as taxas de juro estão em máximos de outubro de 2020.

Pedir dinheiro emprestado ao banco para comprar casa continua a ser a solução encontrada por muitas pessoas para, precisamente, comprar casa. E os bancos têm mostrado disponibilidade para conceder crédito habitação. Os dados mais recentes do Banco de Portugal (BdP) confirmam isso mesmo: em fevereiro de 2022, os bancos concederam 1.275 milhões de euros em novo crédito habitação, mais que no mês anterior (1.189 milhões de euros) e homólogo (999 milhões de euros). Também as taxas de juro estão a escalar, tendo atingido o valor mais elevado desde outubro de 2020.

“Em fevereiro, os bancos concederam 1.940 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares: 1.275 milhões de euros para habitação, 453 milhões de euros para consumo e 212 milhões de euros para outros fins”, lê-se no site do BdP

 

 

Os dados do regulador e supervisor permitem concluir que o montante de novo crédito habitação concedido em fevereiro, os já referidos 1.275 milhões de euros, é um dos mais elevados dos últimos anos. Foi em setembro de 2021 que os bancos mais “abriram os cordões à bolsa”, tendo emprestado 1.464 milhões de euros. 

Taxas de juro a subir

No que diz respeito à taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação, subiu para 0,87% (0,81% em janeiro), “em linha com a subida das taxas Euribor”, conclui o BdP, salientando que no crédito ao consumo a taxa de juro média desceu para 7,71% (7,76% no mês de janeiro).

Trata-se, relativamente à taxa de juro média dos novos créditos habitação, do valor mais elevado desde outubro de 2020, mês em que a taxa se fixou também em 0,87%. 

A subida das taxas de juro é um cenário a ter em conta nos próximos tempos, sendo esta uma das medidas que o Banco Central Europeu (BCE) poderá adotar para travar o aumento da inflação. Significa isto que também as taxas Euribor, às quais está indexada a maioria dos créditos habitação em Portugal, devem disparar, o que terá impacto na prestação da casa. 

 

Por: Idealista